ÊXODO

Eu estava no início de uma jornada... 25 DE SETEMBRO, data do meu 
40º aniversário, ou seja, o começo de um novo ano, quando então
resolvi estudar o Livro de Êxodo extraindo lições de cada um dos 40
capítulos, um por dia, num período de 40 Dias de Jejum e Oração pela nova
peregrinação que faria durante todo aquele longo percurso do ano de 2005
em busca das minhas “Terras Prometidas”!
Eis aqui o resultado!
Caso também queira entrar por esta jornada agora, sugiro, para um melhor
aproveitamento, conferir as referências bíblicas abrindo sua Bíblia, sua
mente e seu coração:

Boa viagem!

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1o.  Dia = 25/09/05 : Êxodo 1


TEMA:   Os descendentes de Jacó no Egito e o temor das parteiras

Deus não só preserva seu povo, mas “frutifica, aumenta, multiplica e fortalece” aquele que é abençoado com Suas promessas. (v.7)


Eu tenho a bênção de Deus na minha vida, portanto não devo temer, mas confiar que não só ele me preservará com segurança, mas também com abundância.

Jacó entrou no Egito com uma família de apenas 70 pessoas e se tornou mais poderoso que os egípcios, porque encheu toda a terra deles. (v.9)


Aos olhos humanos posso parecer a minoria mais fraca, mas de acordo com a Palavra, maior é o que está em mim e mais são os que estão comigo, portanto sou mais que vencedora em Cristo!

Incomodados com o crescimento de Israel, os egípcios começaram afligi-los, porém, quanto mais afligiam, mais eles cresciam. (v.12)

Reconheço que a minha prosperidade incomoda o ímpio, mas ainda que ele me aflija, a bênção do Senhor me fará prosperar ainda mais.

Faraó maquinou até um plano homicida de matar todos os meninos do povo de Deus, ordenando às parteiras que os executassem, porém elas temeram mais a Deus que ao Faraó.

Creio que Deus me escolheu e tem um propósito na minha vida, portanto, nada e ninguém pode me destruir sem o consentimento do Senhor.

O comportamento das parteiras agradou de tal forma o Senhor que Ele as abençoou ricamente por causa disso.

Quando coloco em primeiro lugar a minha obediência a Deus em temor e tremor, muito mais do que aos homens, eu recebo em troca a bênção do Senhor na minha vida.

 



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 2o.  Dia = 26/09/05 : Êxodo 2

TEMA: O Nascimento de Moisés, seu crime e fuga. O clamor do povo.

Deus está no controle de tudo: separou Moisés da linhagem sacerdotal; o fez nascer formoso, permitiu esconde-lo por 3 meses; dirigiu-o no leito do rio seguramente até à filha de Faraó; orientou sua mãe e sua irmã para procederem corretamente; possibilitou seu retorno aos braços de sua mãe com vida e preparou um palácio para ele viver!


Somos escolhidos por Deus desde o fundação do mundo, portanto, todas as coisas contribuem para o nosso bem quando estamos debaixo da sua direção.
Ele se preocupa com detalhes do nosso dia a dia.

Moisés, ao “recusar ser chamado filho da filha de faraó”, voltou aos seus irmãos e demonstrou seu perfil de “justiceiro” quando matou o egípcio que feriu um hebreu e quando se colocou como juiz entre a contenda de dois hebreus. Porém, como suas atitudes não foram bem aceitas, ele acabou fugindo dali para Midiã, onde também deixou a mesma marca ao defender as filhas do sacerdote de Midiã junto ao poço.


Nada fica encoberto aos olhos de Deus. Ele, sim, é o justo Juiz. Não devemos fazer justiça com nossas próprias mãos, mas somente sermos pacificadores. Apesar disso, esta qualidade temperamental de Moisés contribuiu para a sua missão de intercessor pelo bem-estar do povo.

Mesmo carregado pela culpa e em terra estranha, Deus ainda não desistiu de Moisés e preparou uma família para ele viver e trabalhar no rebanho.

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos. Quando Ele decide nos abençoar, não importa onde e nem como. Somos bênçãos em todos os lugares e em todo tempo.

Israel, em meio ao sofrimento na escravidão do Egito, clamou a Deus, e Ele na sua infinita misericórdia “ouviu, lembrou-se, viu e atentou-se para eles”.

A solução de todo sofrimento está em Deus! Cabe a nós clamar e suplicar seu favor para que Ele venha ao nosso socorro.



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 3o.  Dia = 27/09/05 : Êxodo 3


TEMA:  Deus fala com Moisés no meio da sarça ardente.

Deus transforma um monte, uma sarça e uma terra e outras coisas comuns em sagradas por causa da sua presença. (v.5)


Eu tenho a presença de Deus dentro do meu ser, por isso Ele me tornou santa, sagrada, ou seja: Sou o que sou pela graça de Deus presente em mim.

Deus se manifestou a Moisés em resposta ao clamor do povo sofrido, mas se Moisés não percebesse a presença de Deus, talvez não haveria o chamado. (v.4)


Deus deseja se manifestar a nós, porém muitas vezes, a nossa distração nos torna insensíveis a sua atuação.

Mais uma vez, Deus prova a sua atenção pelo sofrimento do seu povo. Deus disse a Moisés que “desceu” para livrar o seu povo e faze-lo “subir” para a terra prometida. (v. 8)

Jesus também desceu em carne neste mundo para nos fazer subir em espírito ao céu, isto prova como Ele nos quer ver para cima e não para baixo.

O chamado de Moisés revela a maneira de Deus agir em parceria com os seus escolhidos. Ele disse a Moisés que o enviaria a Faraó “para que ele (Moisés) tirasse o povo do Egito”. (v.10)

Deus espera poder contar conosco para realizar suas maravilhas. Podemos ser canais e porta-vozes do Senhor na obra de evangelização e libertação.

Quando Moisés perguntou a Deus “Quem sou eu?” Deus respondeu revelando quem Ele era e que certamente estaria com Moisés. (v. 11,12)

Não importa quem somos, importa que o Eu Sou é Tudo e, principalmente, que Ele está em nós. Só assim teremos êxito no nosso ministério. Como disse Jesus: “Sem mim nada podeis fazer” e “Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos.”

 


 O mesmo Deus que preparou o coração dos anciãos hebreus para ouvirem Moisés, endureceu o coração de Faraó para não deixa-los ir. Se não houvesse a unidade do povo não ocorreria o livramento e se não houvesse o endurecimento de Faraó, não aconteceriam as 10 maravilhas do poder de Deus. (v.19)

Como disse o Salmista: O coração do rei está nas mãos do Senhor e Ele o move para onde quer. Precisamos entender que, muitas vezes, as resistências que enfrentamos pela frente são providenciais para que seja conhecido o poder de Deus através das maravilhas que Ele precisará operar.

O motivo pelo qual Deus deseja libertar o seu povo é para que ele O adore com sacrifícios de louvor no deserto! (v. 18)

Entre outras razões pelas quais Deus nos salvou, a principal é que voltemos a cumprir o verdadeiro propósito da sua criação, ou seja, servirmos para louvor da sua glória.

Novamente Deus moveu os corações, desta vez Ele fez o seu povo cair na graça dos egípcios para não os despedirem vazios. (v. 21)

Como é bom confiar nesta soberania divina para que também nós achemos graça diante daqueles que podem nos abençoar e assim se cumprir a Palavra que diz: “Deus tira do ímpio para abençoar o justo.”

A história do povo de Deus do Antigo Testamento é bastante semelhante a do povo de Deus do Novo Testamento. O povo oprimido no Egito pelo Faraó, precisava de um libertador para experimentar uma nova vida.

Nós também estávamos oprimidos no mundo pelo pecado, e Deus enviou Jesus como nosso libertador que “desceu” do céu para nos fazer “subir” para lá. Satanás resiste liberar “seu povo”, e de muitas maneiras tenta evitar a nossa saída do pecado, até que Deus complete as suas obras maravilhosamente revelando-nos seu poder e sua graça.


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 4o.  Dia = 28/09/05 : Êxodo 4


TEMA:   Deus concede poderes a Moisés e ele volta para o Egito

Deus sempre confirma sua Palavra com sinais e prodígios para que o povo creia e para que a glória seja de Deus e não de persuasão ou sabedoria humana. (v.1)


Eu não devo temer os resultados da minha pregação ou missão quando ela é confirmada pela ação e unção poderosa do Espírito Santo.

Deus perguntou o que Moisés tinha na mão para usar e transformar em instrumento de bênção. Sua vara foi o canal do poder de Deus. (v.2)


Nossas mãos nunca estão vazias, sempre temos algo para oferecer ao Senhor e fim de que ele transforme e use como instrumento do fluir da sua unção.

Moisés por 5 vezes apresentou empecilhos e desculpas para resistir ao seu chamado ou crer na eficácia da sua missão. Até que o Senhor se irou e, por sua infinita misericórdia, ainda conservou Moisés como intermediário entre Deus e Arão, seu porta-voz. (16)

Definitivamente precisamos crer que todo nosso êxito na obra de Deus é devido à atuação do Senhor na nossa vida. Basta entregarmos nossa “vara” e Ele a fará instrumento de poder, basta oferecermos nossa boca e Ele a fará canal do seu fluir, basta entregarmos nossa vida e Ele cumprirá cabalmente o seu propósito ensinando-nos o que falar e o que fazer.

Nos versos 2 e 3 a vara era de Moisés, simples e comum, mas no verso 20 já diz que “Moisés tomou a vara de Deus em sua mão.”

Isto nos ensina que o que entregamos nas mãos de Deus para ser usado, já não mais nos pertence, mas é sagrado, separado, consagrado para o Senhor.

Quando Arão falou ao povo, este creu, ouviu as palavras e se inclinou para adorar a Deus. (v.31)

Devemos crer nos profetas do Senhor para prosperar e receber o livramento juntamente com as bênçãos da promessa.


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5o.  Dia = 29/09/05 : Êxodo 5


TEMA:   Moisés e Arão falam a Faraó, este aflige ainda mais os israelitas, os quais queixam-se de Moisés

Moisés e Arão apresentaram 3 razões para a saída dos israelitas do Egito: 1o.) Servir a Deus neste monte (3:12); 2o.) Sacrificar ao Senhor (3:18) e 3o.) Celebrar uma festa no deserto (5:1).


Nós também temos este tríplice ministério na vida cristã: Servimos ao nosso Deus; vivemos uma vida de sacrifício vivo, santo e agradável a Deus obedecendo a sua boa, perfeita e agradável vontade e celebramos continuamente nosso culto de adoração e louvor, mesmo em um deserto.

Faraó achou que o povo estava ocioso ao querer “celebrar festas ao seu Deus” e planejou dificultar o trabalho para se manterem mais ocupados a ponto de não pensarem mais nisso. (v.9).


Esta estratégia de Faraó é a mesma que Satanás ainda aplica ao povo de Deus. Ele tenta nos deixar bastante ocupados, atarefados e estressados com tantas atividades para esquecermos a principal vontade de Deus.

Esta reivindicação do povo de Israel deixou Faraó furioso e para extravasar sua ira ele afligiu ainda mais os hebreus para evitar sua libertação. (v.12)

É um princípio que se repete até hoje. Quando Satanás percebe que nossa bênção está se aproximando, ele dá suas últimas cartadas e aperta mais nossa aflição. Ao invés de murmurar, como fizeram os hebreus, precisamos glorificar a Deus e discernir que Satanás é um anunciador de bênção.

Moisés, mais uma vez, foi “pesado de boca” e fez declarações insensatas culpando o Senhor por todo aquele mal. “Por que fizeste mal a este povo? Por que me enviaste? Por que não livraste...?”

Durante as crises e aflições, precisamos ter dobrada vigilância sobre nossos lábios e evitar as murmurações. Como eu sempre digo, nosso foco é o Final Feliz da nossa história e não as circunstâncias do desenrolar da história.


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 6o.  Dia = 30/09/05 : Êxodo 6


TEMA:   Deus promete livrar os israelitas - Genealogias

 O endurecimento do coração de Faraó era propósito de Deus. Assim, Ele pôde se manifestar ao povo de Israel como o Deus Todo-Poderoso, El Shaddai. (v. 3)


Este fato nos mostra que é nos momentos mais difíceis da nossa vida que Deus se manifesta como o Todo-Poderoso, o El Shaddai, o Deus do concerto.

Diante das adversidades, Deus repete o sentido da sua aliança com seu povo. Tirar do Egito; livrar da servidão; resgatar com braço estendido; tornar Israel o seu povo; fazer saber que o Senhor é Deus; leva-los a terra prometida e a dar-lhes por herança. (v 6 a 8)


Da mesma forma, a nova aliança nos promete tirar do mundo; livra do pecado; resgatar pelo poder do sangue; tornar a Igreja o seu povo; nos fazer saber que só o Senhor é Deus; nos levar a caminho do céu e nos dar a herança da vida eterna!

O povo hebreu não deu ouvidos a Palavra de Moisés “por causa da ânsia do espírito e da dura servidão.” (v.9)

Geralmente quando enfrentamos provações, a ansiedade e a gravidade da situação nos impede de crer nas promessas de livramento que o Senhor faz.

Até Moisés, mais uma vez, apresenta suas debilidades: “sou incircunciso de lábios,” prevendo que Faraó não o ouviria, uma vez que até o seu povo não lhe deu ouvidos. (v. 12). E mais uma vez Ele reforça e repete para Moisés seu chamado e suas promessas destacando em toda a genealogia dos patri-arcas o nome de Moisés e Arão como escolhidos para libertar a Israel. (26)

Nós também estamos sempre tentando nos escusar do chamado do Senhor quando percebemos que a obra não será tão fácil e nem muito bem aceita. Lembrar do nosso chamado e das promessas é um grande recurso para renovar a fé e o ânimo.



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7o.  Dia = 01/10/05 : Êxodo 7


TEMA:   Deus anima Moisés diante do Faraó endurecido
                                  - 1a. Praga

Deus chegou a ponto de designar Moisés como Deus e Arão como seu profeta. (v.1)


Deus também nos designou como reis e sacerdotes, chamando uns para apóstolos, outros para profetas, pastores, evangelistas e mestres. Somos embaixadores do Rei, e temos muitas outras nobres posições no reino.

Deus revelou que Ele “endureceria o coração de Faraó” (v.3); que “ele não o ouviria”(v.4), mas que por isso “os egípcios saberiam que o Senhor era Deus”(v.5). Então “fez Moisés e Arão como o Senhor ordenou.”(v.6)


Quando entendermos que Deus está no controle de tudo e de todos, conduzindo soberanamente tudo e todos para o cumprimento dos seus propósitos, ficará bem mais fácil obedecermos à sua vontade.

Nessa época Moisés estava com 80 anos! (v. 7)

Nunca é tarde demais para obedecer ao chamado do Senhor e conquistar as promessas. Na verdade,a vida de Moisés com Deus estava começando agora!

Deus deu todas as instruções para Moisés executar o 1o sinal. Igualmente os magos do Egito imitaram Moisés, mas a vara de Moisés devorou a dos encantadores. Da mesma maneira, Deus instruiu Moisés executar a 1a praga igualmente imitada pelos magos. No entanto, Moisés pode reverter a praga, os magos não!

Assim acontece na nossa vida cristã. Deus nos deu os princípios para seguir. Satanás muitas vezes tenta nos enganar imitando as coisas de Deus, mas temos que reconhecer que maior é o que está em nós e que as obras das nossas mãos prevalecem sobre as obras de Satanás.

Interessante:
* A 1a praga de Deus foi transformar a água em sangue.
* O 1o milagre de Jesus foi transformar a água em vinho.


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8o.  Dia = 02/10/05 : Êxodo 8


TEMA:   A 2a praga: das rãs, 3a: dos piolhos e 4a: das moscas

O tipo das pragas não foi escolhido aleatoriamente. Deus visava com cada uma denunciar a fraqueza dos deuses do Egito. O Nilo em sangue, (1a praga), atingiu seu principal orgulho, o Rio Nilo. A 2a das rãs, estava associada a deusa Heqt, e assim sucessivamente.


A maneira como Deus escolhe tratar conosco não é por acaso. Ele sabe quais são nossos pontos fracos e em que confiamos demasiadamente. Por isso tenta nos fortalecer nas fraquezas e nos levar a confiar nele primeiramente e acima de tudo e de todos.

Moisés conquistou um relacionamento íntimo e recíproco com o Senhor. Nesta sua atuação diante de Faraó, vemos repetidas vezes a expressão “E Moisés fez assim como o Senhor tinha mandado”(v.7:20) e por sua vez, “e o Senhor fez conforme a palavra de Moisés.”(8:13,31).


Quando alcançamos harmonia com a vontade de Deus em nosso viver diário, nossa comunhão com o Senhor traz mais e melhores resultados.

A partir da 2a praga, Faraó “aparenta” um arrependimento e uma rendição ao pedido de Moisés, porém, logo que as pragas são suspensas ele novamente endurece seu coração e não cede ao pedido (v.15)

Muitas vezes agimos como Faraó, no momento das aflições rogamos o favor do Senhor para nos livrar, mas assim que experimentamos descanso, voltamos novamente a nos afastar e a relaxar na comunhão e na fé.

A partir da 3a praga os magos de Faraó não puderam mais imitar Moisés e acabaram por reconhecer que “Isto é o dedo de Deus” (v.19).

Satanás e seus demônios têm seus limites, embora insistam em imitar e enganar, chega uma hora que eles tem que reconhecer que a mão de Deus é mais forte e só o nosso Deus é o Todo-Poderoso. Nós também precisamos reconhecer bem isto e não se intimidar com as ameaças do inimigo.

 

 A partir da 4a praga o relato bíblico revela que o Senhor iria separar a terra de Gósen, onde habitava o seu povo, para que eles não sofressem os flagelos. (v.22,23)


No verso 23 o Senhor diz a Faraó: “E porei separação entre o meu povo e o seu povo”. Podemos crer que até hoje o Senhor faz questão de provar “a diferença do que serve a Deus e do que não serve.” Precisamos ser gratos pela cobertura e proteção espiritual que temos da parte de Deus contra os ataques do inimigo.

No verso 25, Faraó tenta negociar o pedido de Moisés. Ele “sugere” que Moisés sacrifique no Egito, ou seja, não precisa ir até o deserto (v.25). Porém, Moisés afirma que deve ser “como ele (nosso Deus) nos dirá”.

Uma das estratégias de Satanás é tentar nos convencer a servir e adorar a Deus de maneiras profanas, ou seja, contrárias às ordens divinas. É impossível servir e adorar a Deus no mundo, sob o sistema do diabo.

Novamente Faraó parece deixar o povo sair, mas salienta: “não vades longe”. Na verdade, era apenas mais um blefe. (v28)

Terceira estratégia de Satanás: aparentemente ele parece não colocar impedimentos para servirmos e adorarmos ao Senhor, no entanto ele faz de tudo para “não irmos longe” demais neste relacionamento. Uma comunhão com Deus superficial e uma vida cristã sem profundidade não preocupa muito o nosso inimigo.

Neste capítulo aparece por 2 vezes os motivos das pragas em resposta ao endurecimento de coração de Faraó: “para que saibas que ninguém há como o Senhor, nosso Deus” (v.10) e “para que saibas que eu sou o Senhor no meio desta terra”(v.22).

Infelizmente, muitas vezes, o Senhor permite que certas pessoas sejam afligidas pelo poder da mão de Deus para reconhecer que só Ele é Deus, Soberano e Todo-Poderoso sobre toda a terra. Precisamos entender que isto procede dele e tem seus propósitos ainda que pareça doloroso, é necessário.


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9o.  Dia = 03/10/05 : Êxodo 9


TEMA:   A 5a praga da peste nos animais. A 6a praga das úlceras e a 7a praga da saraiva.

Nesta 5a praga, os detalhes da narração provam como a palavra de Deus se cumpre no seu tempo e do seu modo. Deus não volta atrás como Faraó. Deus disse exatamente o que ia e o que não ia acontecer e quando iria acontecer. Tudo se cumpriu conforme sua determinação.


Conforme Eclesiastes: “tudo tem o seu tempo e o seu modo”. Deus não é homem para que minta e nem filho do homem para que se arrependa. O que Ele prometeu há de cumprir no Seu tempo e do Seu modo.

Na 6a praga, a Bíblia faz questão de registrar que até os magos estavam vulneráveis às úlceras e nem sequer “podiam parar diante de Moisés”(v11).


O Senhor prepara uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos! O Senhor é fiel e justo para provar ao ímpio que somos mais que vencedores.

O versículo 16 deixa bem claro a intenção de Deus com estas pragas de acordo com o que já foi registrado no capítulo anterior:  “mas deveras para isto te mantive, para mostrar o meu poder em ti e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.”

Nosso Deus não é fraco, não! Ele manteve Faraó endurecido para revelar Seu poder e ser conhecido por toda terra. É óbvio que Deus poderia facilitar a saída de Israel do Egito, mas preferiu dificultar para que a glória fosse maior ao Seu nome! É assim que Deus trabalha em nossas vidas também. Precisamos entender nossas dificuldades como oportunidades para Deus manifestar seus milagres e maravilhas!

Deus ainda se mostrou misericordioso ao anunciar a 7a praga dando instruções aos egípcios para recolherem tudo o que estivesse no campo (v.19). Quem temeu e creu na Palavra do Senhor salvou alguma coisa (v.20), mas quem rejeitou seu conselho sofreu o dano (v.21).

O Senhor é bom, mas também é justo. Cabe a nós a escolha de obedecer e receber a bênção ou rejeitar e sofrer a conseqüência.


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10o.  Dia = 04/10/05 : Êxodo 10


TEMA:   A 8a praga dos gafanhotos e a 9a praga das trevas

Mais uma vez o capítulo começa enfatizando o por quê de Deus estar endurecendo o coração de Faraó: “para que saibais que eu sou o Senhor.” E desta vez Ele ainda determina que eles contarão aos seus filhos, e para os filhos dos filhos estes sinais que o Senhor fez no meio deles. (v. 1 e 2)


Igualmente, cada capítulo da nossa vida, ou quase que todos os dias, precisamos saber que o Senhor é Deus. Se Deus tanto enfatiza esta verdade é porque ela é demasiadamente importante para o sentido da nossa vida.

Tanto é que o endurecimento de Faraó vinha de Deus que até os seus servos estavam inconformados com a sua resistência e lhe perguntavam: “ainda não sabes que o Egito está destruído?” (v. 7).


O orgulho cega, a dureza de coração insensibiliza e a teimosia ensurdece. A obstinação e rebeldia diante da ordem e Deus leva à destruição..

Mais uma estratégia de Satanás: “deixarei ir a vós e a vossos filhos” (v.10). Faraó estava querendo reter as mulheres no Egito e assim, dividir as famílias, conservando como garantia parte delas em seu poder.

A promessa do Senhor é: Crê no Senhor e serás salvo tu e tua casa. Não podemos aceitar a obra do Senhor pela metade, ainda que cada um dê conta de si mesmo a Deus. Porém o plano divino é a salvação e consagração total do nosso lar para podermos dizer: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor.”

Na praga das trevas é maravilhosa a distinção do povo de Deus: “mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações” (v. 23).

Jesus nos comissionou como luz do mundo. Ainda que em um mundo tenebroso, nossa luz pode e deve brilhar para que glorifiquem a nosso Pai.

 A 5a estratégia de Faraó foi permitir a saída do povo hebreu sem levar as ovelhas e as vacas (v. 24).

Satanás também não tem o direito de reter nossos bens e, inclusive, o objeto da nossa oferta de sacrifício ao Senhor. Como disse Moisés, devemos nós também declarar: “nenhuma unha ficará”. Nada do que o Senhor nos deu ficará de posse do inimigo!

Todas as pragas que estavam pondo em perigo a vida dos egípcios, matando o gado e prejudicando as colheitas, provavam que seus deuses nada estavam podendo fazer para protege-los. Era Deus novamente atacando a deusa Isis, deusa da vida, e Set, protetor das colheitas e, inclusive, a deusa-mãe do Egito, Hator, retratada em forma de vaca. A praga das trevas, então, mostrou o poder de Deus sobre o sol, o símbolo religioso mais potente do Egito e um ataque direto a Faraó, uma vez que era considerado uma encarnação de Amon-Rá, o deus-sol.

Que Deus nos dê discernimento para perceber se temos ainda “deuses” nas nossas vidas e quem são eles, para, então, destrona-los antes que Deus ponha a mão sobre eles e venhamos a sofrer os prejuízos.

Nesta penúltima praga, Faraó expulsa Moisés de sua presença e declara que nunca mais ele verá o seu rosto (v. 28). Moisés, ao invés de se amedrontar com sua ameaça, reverte a palavra de Faraó em seu favor.

Há poder em nas palavras. Elas são sementes! Precisamos vigiar com o que falamos para não colher o que não queremos e precisamos aprender a rejeitar palavras de condenação transformando-as em palavras de libertação.

Interessante:
Antes da morte dos primogênitos o Egito ficou em trevas.
        Antes da morte do Unigênito  a terra também escureceu.            
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 11o.  Dia = 05/10/05 : Êxodo 11


TEMA:   Deus anuncia a Moisés a morte de todos primogênitos

Finalmente, esta seria a última praga e ao anuncia-la a Moisés Deus afirma que Faraó deixará o povo sair totalmente. (v.1)


Mais uma vez vale declarar: Deus tem o tempo e o modo para a realização dos seus desígnios. Não foi Faraó que provocou as dez pragas, mas sim o tempo e o modo de Deus até quando e quanto Ele determinou.

“O Senhor deu graça ao povo aos olhos dos egípcios” (v.3) para não saírem e mãos vazias e ainda engrandeceu Moisés aos olhos de todo o povo.


É verdade quando a Palavra diz que Deus tira do ímpio para abençoar o justo. Faraó queria reter os bens dos hebreus no Egito, mas Deus tocou nos corações dos egípcios para ainda acrescentarem mais bens aos hebreus, e isto com graça aos seus olhos.

Em mais esta praga, Deus revela a diferença entre os dois povos quando diz: “para que saibais que o Senhor fez diferença entre os egípcios e os israelitas.” (v. 7), pois nenhum mal sobreveio ao povo de Deus.

As promessas do Senhor para o seu povo são de paz, prosperidade, segurança, bênção e libertação! Ainda que andemos pelo vale da sombra da morte, mil cairão ao meu lado e dez mil a minha direita, eu não serei atingido, porque o anjo do Senhor acampa-se ao meu redor.

Novamente o Senhor responde porque Faraó não os ouviria: “para que as minhas maravilhas se multipliquem na terra do Egito.” (v.9)

Nos momentos difíceis da nossa vida é muito comum a pergunta: “Por que?” ou “Para que?” Talvez o povo de Deus também estivesse fazendo estas perguntas e pacientemente Deus respondeu repetias vezes que tudo era necessário para que se manifestassem as maravilhas do poder de Deus. Nunca esquecendo que Ele sabe o nosso limite!


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12o.  Dia = 06/10/05 : Êxodo 12


TEMA:   A 1a. Páscoa, a morte de todos primogênitos e a saída

Deus determina a instituição da Páscoa. Um ritual com símbolos representando a salvação de Israel: Cordeiro = Jesus; Sangue = sinal de proteção; ervas amargas = representando a amargura da escravidão no Egito; pães asmos = santificação.


Hoje nossa Páscoa celebra a morte e ressurreição do Cordeiro Santo de Deus que tirou o pecado do mundo, marcando nossas vidas com seu sangue, livrando-nos da amargura do pecado e nos chamando à santificação.

Como vimos, todas as pragas serviam de ataque para algum deus dos egípcios. Agora, no versículo 12, Deus revela que “sobre todos os deuses do Egito fará juízos”.


A festa da Páscoa também serve de memorial para o julgamento do Senhor sobre todos os deuses falsos exaltando o poder do único Deus Verdadeiro!

A morte dos primogênitos atingiu a casa de Faraó e desta vez seu coração de pedra se quebrou. Quando, finalmente, ele libera a saída do povo de Deus, ele ainda pede “abençoai-me também a mim” (v.32), o que prova seu reconhecimento pelo poder de Deus, já antes iniciado em 8:28, quando ele pede para orarem por ele também.

O Senhor faz as coisas tão perfeitas de modo que nossa vitória sobre o inimigo ainda nos exalta em honra a ponto deles reconhecerem o benefício da bênção de Deus e o poder da oração.

O relato final deste capítulo ainda informa que os estrangeiros e, provavelmente, alguns escravos egípcios, se aliaram ao povo hebreu em obediência ao seu Deus, o que pela circuncisão, deu-lhes o poder de participarem da Páscoa e da congregação de Israel.

Nosso testemunho de fé e obediência deve contagiar os que estão ao nosso redor de maneira a que queiram juntar-se a nós no caminho de Deus!


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13o.  Dia = 07/10/05 : Êxodo 13


TEMA:  Os primogênitos são santificados a Deus. Ele guia o povo

Deus determinou a separação dos primogênitos e a instituição da Páscoa para que o povo não esquecesse o que Deus havia feito por eles: poupado os seus primogênitos no Egito e tirado eles da escravidão com mão forte.


Nossa tendência é esquecer os feitos do Senhor em nossa vida e isso, de certa forma, demonstra ingratidão. Precisamos estar atentos e periodicamente estar relembrando as maravilhas do Senhor, contando e cantando “o que o Senhor me tem feito” (v. 8)

Com base nesta passagem: “e será por sinal sobre tua mão e por frontais entre teus olhos” (v.16) que os judeus começaram a usar os filactérios “para que a lei do Senhor esteja em sua boca” (v.9).


Hoje a Palavra está perto de nós, na nossa boca e no nosso coração. Ainda, e como sempre, é vontade do Senhor que sua Palavra esteja bem guardada dentro de nós e dela falemos aos nossos filhos de geração em geração.

Diz a Palavra, no versículo 17, que Deus não os levou pelo caminho mais perto, para que “porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra e tornem ao Egito”.

Mais uma vez, vemos que as dificuldades muitas vezes cooperam para o nosso bem e Deus sabe nossa estrutura. Se nos mostrarmos inconstantes levaremos mais tempo para receber nossa bênção, mas se, pelo contrário, mantivermos nossa fé e obediência inabaláveis chegaremos mais rápido às nossas promessas!

O povo não saiu perdido e desorganizado, mas armado e guiado pelo Senhor “que ia adiante deles numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite” (v.21). Além de servir de guia, a nuvem refrescava o calor do dia e o fogo aquecia o frio da noite no deserto.

Nossa segurança está na presença de Deus que continua a nos guiar pelo caminho até a Terra prometida com sua  glória e sua luz.


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 14o.  Dia = 08/10/05 : Êxodo 14


TEMA:   Deus anuncia a ruína dos egípcios. A passagem pelo mar

Deus deu instruções para os filhos de Israel e elaborou um plano bastante confuso aos olhos humanos, mas perfeitamente traçado pelo Senhor. O povo deveria voltar junto ao mar. Isto, naturalmente, pareceu a Faraó que eles estavam perdidos e encurralados. Deus, então, mais uma vez, endureceu o coração de Faraó “para ser glorificado nele e para saberem os egípcios que Ele era Senhor.” (v.4 e 17,18)


Muitas vezes, achamos que as coisas não estão dando muito certo para o nosso lado e, aparentemente, nos achamos perdidos e confusos. Só nunca podemos esquecer que nosso Deus está no controle de tudo e faz todas as coisas acontecerem para a sua glória e para nos levar ao conhecimento do seu poder e soberania!

O relato bíblico descreve a ostentação do exército de Faraó que saiu a perseguir Israel com carros escolhidos e bem equipados, cavalos, cavaleiros e capitães (v.7), mas diz a Palavra que “os filhos de Israel saíram com alta mão”(v.8) e ainda, na passagem pelo mar “O Anjo de Deus, que ia adiante de Israel passou para atrás deles e também a coluna de nuvem se pôs atrás colocando-se entre ao egípcios e os israelitas, de maneira que a nuvem era escuridade para aqueles e para estes esclarecia a noite, fazendo com que eles não se vissem!” (v.19)


Uns confiam em carros, outros em cavalos, mas nós confiamos no Senhor nosso Deus! Ainda que humanamente não podemos dimensionar, mais são os que estão conosco do que os que estão com nossos inimigos! O Senhor tem estratégias miraculosas para cuidar dos seus protegidos! Esta passagem mostra como Deus também gosta de “aventuras”!

Quando os filhos de Israel se viram encurralados, “clamaram ao Senhor” (v.10), mas também começaram a murmurar preferindo ter ficado escravos no Egito a morrer no deserto. Moisés, então, lhes disse: “Não temais, estai quietos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará... O Senhor pelejará por vós e vos calareis.” (v.13,14)

  
Nossa tendência é sempre murmurar e tirar nossas conclusões apressadas diante das circunstâncias. Mas, o segredo está em se aquietar e ver o livramento do Senhor, precisamos aprender a ficar calados, ou usar nossa boca para profetizar sempre vitória pela confiança em Deus!

Diante do mar, presume-se que Moisés também clamou a Deus, porém o Senhor lhe disse: “Por que clamas a mim? Diga aos filhos de Israel que marchem, e tu, levanta a tua vara e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio o mar em seco.” (v. 15,16).

É muito importante receber a orientação divina sobre o que fazer diante dessas situações e não tentar opções alternativas. Eles poderiam (e parecia que até preferiam), se render, e tudo estaria perdido. Poderiam lutar com suas próprias mãos e, com certeza, seriam derrotados. Poderiam orar e clamar, mas Deus queria mais que isso, Deus poderia abrir o mar sozinho, mas Ele quis a parceria com o líder que Ele levantou para este fim. Israel deveria avançar em marcha e Moisés deveria usar a vara de Deus para abrir o mar e depois usa-la novamente para fechar sobre o exército de Faraó. É justamente por esta falta de discernimento que, muitas vezes, perdemos batalhas. Precisamos estar sensíveis para saber quando orar e confiar, quando recuar e esperar e quando avançar e profetizar.

O objetivo de Deus com esta “aventura” foi atingido. No meio do mar os egípcios disseram: “Fujamos da face de Israel, porque o Senhor peleja por eles”(v.25). Reconheceram tarde demais que o Deus de Israel era o Senhor! Também, depois de virem os corpos mortos dos egípcios na praia, Israel reconheceu a forte mão do Senhor e “temeu ao Senhor e creu nEle e em Moisés, seu servo.”(v.31)

O agir de Deus em nossas vidas, algumas vezes até mesmo incompreendido a princípio, resulta sempre em vitória e em demonstração do seu poder e amor por nós. Conseqüentemente aprendemos o temor, a confiança e a obediência a Deus experimentando uma vida na Sua presença a caminho da promessa.


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 15o.  Dia = 09/10/05 : Êxodo 15


TEMA:  O cântico de Moisés. A dança de Miriã.As águas amargas

Depois do livramento dos filhos de Israel, Moisés entoou um cântico de louvor, gratidão e exaltação ao poder de Deus.


Os cânticos, louvores e adoração devem fazer parte do nosso dia a dia, em especial, quando recebemos Bênçãos e livramentos do Senhor. Não podemos ser ingratos e insensíveis com as maravilhas da Sua mão.

Quando Moises se refere ao inimigo no seu cântico, ele diz que o inimigo tenta perseguir, alcançar, saquear e destruir (v.9). Deus, porém, guia, salva, leva à habitação, nos introduz e nos planta no monte da herança (v.13,17).


Isto nos faz lembrar de João 10:10 “O ladrão vem somente para matar, roubar e destruir. Eu, porém, vim para vos dar vida e vida em abundância!”  Os dois lados batalham por nossas vidas, um contra e outro a favor. No entanto, o intento do inimigo não prosperou diante da vitória do Senhor.

Moisés cantou e Miriã dançou. Detalhe: ela tinha 90 anos!

Quando nosso coração está cheio de amor em louvor e gratidão pelo Senhor, não nos importamos com as deficiências ou com as aparências. O louvor espontâneo agrada a Deus e contagia os demais.

A segunda dificuldade no deserto, seguida da segunda murmuração dos israelitas foi a necessidade de água. Mas, diz a Palavra que o Senhor “os provou” ali. Milagrosamente o Senhor tornou as águas amargas em doces.

O Senhor sabe das nossas necessidades antes que lhe pedimos, portanto, ao invés de murmurar “O que havemos de beber?” devemos confiar no provisão do Senhor. Ele pode até transformar todo amargo em doce!

Nessa ocasião, Deus se revelou como o Jeová-Rapha, o Deus que sara. Sarou as águas e prometeu sarar de toda enfermidade se eles ouvissem e guardassem os seus mandamento. Este foi o Concerto da Cura Divina.(v26)

Podemos e devemos confiar em Deus como nosso provedor e nosso médico firmados nas suas promessas de sustento e cura quando guardamos e praticamos as Palavras da Aliança.


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 16o.  Dia = 10/10/05 : Êxodo 16


TEMA:   Deus manda o maná e manda carne

O motivo da terceira murmuração no deserto foi a fome. O povo murmurou contra Moisés, porém ele disse que a murmuração era contra a Senhor (v.8)


Nestes dois últimos capítulos é demonstrada a ansiedade do povo quanto ao que haviam de beber e comer. Ansiedade que nos leva também, muitas vezes, a murmurar e questionar. Várias passagens bíblicas enfatizam que nossas murmurações ou perseguições ou até mesmo contribuições que fazemos aos filhos de Deus, atingem diretamente o próprio Deus.

Deus resolveu o problema da fome do povo do Seu modo e no Seu tempo. De uma forma milagrosa “fez chover pão do céu” e determinou a quantidade e o tempo de colherem o suprimento “para que Eu veja se o povo anda na minha lei.”(V.4) Mas, por incrível que pareça o povo guardou para o dia seguinte e o maná “criou bichos e cheirou mal”. No sábado que não era para colher o povo saiu para colher, mas não o acharam e, desta vez, o que ficou guardado para o dia seguinte, conforme instrução do Senhor, não criou bichos e nem cheirou mal! Com isso o Senhor perguntou: “até quando recusareis guardar as minhas palavras? (v.28)


Quando Deus determina nosso procedimento, precisamos obedecer sem resistência. Falta-nos entender que Ele supre as nossas necessidades, mas do Seu modo e no Seu tempo, justamente para nos provar a obediência. Qualquer outra atitude que nos pareça razoável, mas que seja contrária às ordens do Senhor poderá “criar bichos e cheirar mal”.

A maneira como Deus supriu a necessidade de Israel não foi só para matar a fome, mas para que “à tarde soubessem que o Senhor os tirou da terra do Egito e amanhã vereis a glória do Senhor.” (v,6,7)

De fato, eles se “achegaram para diante do Senhor e eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem”. Quando o Senhor age a nosso favor, não devemos simplesmente considerar o ato em si, mas a glória, o amor e o poder de Deus manifesto a nosso favor. Pois o que Ele mais quer é que saibamos que Ele é nosso Deus, Todo-Poderoso! (v.12)

Interessante: 
O maná era o pão de Deus que descia do céu para alimentar os filhos de Israel no deserto diariamente.
Jesus é o Pão vivo que desceu do céu para alimentar os filhos de Deus neste mundo por todos os dias.


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17o.  Dia = 11/10/05 : Êxodo 17


TEMA:   A falta de água em Sim e a peleja com Amaleque

Mais uma vez, por causa de falta de água, o povo murmurou, pela 4a vez, e desta vez com contenda. Enquanto o povo contendia e murmurava “tentando ao Senhor” e dizendo: “Está o Senhor no meio de nós ou não?”, Moisés clamava a Deus e Deus lhe disse que “estaria ali adiante dele.”


De fato, nas adversidades temos duas alternativas, contender e murmurar uns com os outros (atingindo, como já vimos, diretamente a Deus) e achando que Deus está ausente ou clamar e confiar no Senhor que está adiante de nós

O 1o versículo afirma que eles acamparam em Refidim “pelas suas jornadas, segundo o mandamento do Senhor” e mesmo assim, enfrentaram necessidades e lutas.


Às vezes, mesmo seguindo a direção do Senhor, necessitamos passar por dificuldades para, mais uma vez, reconhecermos a presença, o poder, a provisão e a proteção de Deus em nosso cuidado.

Neste capítulo vemos novamente a vara em ação. Na falta da água, Deus disse a Moisés: “toma a tua vara na mão e feri a rocha” (v. 5) e na peleja Moisés disse a Josué: “a vara de Deus estará na minha mão” (v.9).


É interessante Deus dizer que a vara era de Moisés e Moisés dizer que a vara era de Deus. Isto revela a parceria que eles faziam nos milagres. Deus, simplesmente, não fez água sair da rocha, Ele usou a vara e o ato de fé de Moisés. Também, simplesmente, Deus não decretou a vitória do povo de Israel, mas era o levantar das mãos de Moisés com sua vara, ajudado pelos seus assistentes, que fazia o povo prevalecer.

O verso 14 mostra a importância que Deus dá aos memoriais ordenando a Moisés que escrevesse. Nessa ocasião, Moisés conheceu um outro nome de Jeová, “O Senhor é minha Bandeira”, atribuindo a Ele a honra da vitória alcançada. Desta vez, Moisés expressa sua gratidão edificando um altar.

Quando escrevemos nossas vitórias elas ficam registradas como memorial, para nunca mais esquecermos de nenhum dos benefícios do Senhor. Precisamos reconhecer o Senhor como nossa Bandeira e asteá-la bem no centro do nosso coração. Também não podemos esquecer de, a cada vitória, levantar um “altar de louvor” em gratidão e honra ao Senhor.


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18o.  Dia = 12/10/05 : Êxodo 18


TEMA:   O conselho do sogro de Moisés

Depois que Moisés já estava acampado no monte de Deus, seu sogro veio trazer-lhe sua mulher e seus filhos e Moisés contou todas as coisas que o Senhor tinha feito e como os tinha livrado o que levou Jetro a se alegrar e bendizer ao Senhor reconhecendo Seu poder com a seguinte declaração: “Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses, porque nas coisas em que ensoberbeceram, os sobrepujou” (v.11).


Sempre temos que contar as maravilhas do Senhor dando nossos testemunhos, porque isso alegrará o coração dos ouvintes e os levará a engrandecer e reconhecer o poder de Deus.

O sogro de Jetro observou que todo o povo vinha a Moisés para consultar a Deus e ficavam em pé esperando da manhã até à tarde. Jetro alertou Moisés que desse jeito ele desfaleceria, pois era uma coisa muito difícil e ele não poderia fazer sempre isso sozinho (v.18).


Às vezes, mesmo fazendo a obra de Deus, com dedicação e unção podemos ouvir de um sábio sacerdote a mesma declaração de Jetro: “Não é bom o que fazes.” Precisamos estar abertos para receber conselhos dos mais experientes e que, de fora, muitas vezes, enxergam melhor as coisas do que nós.

Jetro aconselhou a Moisés a declarar ao povo os estatutos e as leis ensinando-os o caminho a andar e as obras a fazer e depois escolher homens capazes, tementes a Deus, honestos e justos, não avarentos para dividir a carga de aconselhamento (v.20).


Precisamos aprender a delegar, descentralizar e dividir funções para ter uma liderança sadia podendo atender todas as necessidades e oferecendo oportunidades para o desenvolvimento de novos talentos e ministérios a pessoas íntegras e tementes a Deus.

O exemplo de Jetro deve ser seguido em nossos dias e em nossa congregação.

Alegrando-se com os que se alegram. Bendizendo e engrandecendo a Deus. Sendo sensíveis às dificuldades do nosso próximo e usando de discernimento e sabedoria divina para aconselhar.

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19o.  Dia = 13/10/05 : Êxodo 19


TEMA:   Deus fala com Moisés no monte Sinai

Neste capítulo, Deus chama Moisés do Monte e declara os termos da aliança com o povo: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo.” (v.5,6)


Os termos da “Antiga Aliança” ainda são válidos para a “Nova Aliança”, porém com maiores e melhores promessas, conforme I Pedro 2:9 e Ap. 1:6, somos geração eleita, o povo de propriedade exclusiva de Deus, sacerdócio real, nação santa. Depende de nós obedecermos aos seus mandamentos para comermos o melhor desta terra e desfrutarmos da vida em abundância.

No verso 8 o povo prontamente respondeu “Tudo o que o Senhor tem falado faremos”. No entanto, conhecendo a história dos filhos de Israel, vemos que só foi uma declaração da boca para fora.


Ainda que tenhamos o desejo de fazer tudo o que o Senhor manda, precisamos depender totalmente da ação do Espírito Santo nas nossas vidas, porque senão declararemos como Pedro “nunca te negarei” e nossas palavras estão em contradição com nossas ações.

Quando Deus planeja manifestar sua glória para o povo Ele ordena a Moisés para santificar o povo e define limites para o povo não passar (v.12)


Do mesmo modo, nossas vidas precisam estar santificadas para estar diante da presença de Deus. É claro que ainda temos limites na nossa comunhão com Deus, mas o importante é que o véu foi rasgado e podemos entrar diariamente na sala do trono pelo novo e vivo caminho que é Jesus, não mais dependendo de um sacerdote que faça isso por nós uma vez por ano.

Interessante: 
Ao terceiro dia após a santificação do povo, Deus se manifestou no monte Sinai.
Ao terceiro dia após a crucificação de Jesus, Deus o ressuscitou e Ele se manifestou no monte das Oliveiras.

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20o.  Dia = 14/10/05 : Êxodo 20


TEMA:   Os dez mandamentos

Bem na metade do livro de Êxodo encontra-se a base para todo princípio bíblico com relação a Deus e ao nosso próximo. Deus exige fidelidade e exclusividade, honra e respeito.


Cada um dos dez mandamentos deve ser revisto periodicamente em contra-partida com a versão de Jesus no Novo Testamento para que estejamos continuamente observando, guardando e praticando a vontade de Deus.

Quando o povo viu o monte estremecer, os trovões e relâmpagos, o sonido da buzina e o monte fumegando, retiraram-se e se puseram de longe pedindo que só Moisés falasse com Deus e que Deus não falasse com eles para não morrerem. (v.18 a 20)

Hoje não temos as mesmas manifestações da glória de Deus na igreja como este povo teve no monte. Mas nossa certeza da sua presença é porque Ele está nos nossos corações pela fé e não pelo que vemos, ouvimos ou sentimos. Além do mais, nossa reação e desejo, pelo contrário, é se aproximar de Deus cada vez mais para que Ele sempre fale conosco!

Enquanto o povo se afastava, “Moisés, porém, se chegou, à escuridade, onde Deus estava”. (v.21)

Não devemos seguir o povo, mas a Deus e bem de perto, ainda que Ele esteja “na escuridade” muitas vezes. Com Ele não precisamos temer!

No verso 20, Moisés explica mais 3 “para quês” daquele acontecimento:

1.) Para provar; 2.) Para que eles temessem a Deus e 3.) Para que eles não pecassem.


Muitos dos nossos “para quês” diante das manifestações de Deus merecem estas respostas, a fim de vivermos aprovados em temor a Deus e santidade.

Nos últimos versículos Deus dá as instruções sobre a maneira de se edificar os altares para os sacrifícios e ofertas (v. 24 a 26).


Do mesmo modo, quando temos nossa vida no altar como oferta de sacrifício vivo, precisamos atentar para não agir levianamente e nem misturar o profano com o sagrado “para que o Senhor venha a nós e nos abençoe”.


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21o.  Dia = 15/10/05 : Êxodo 21


TEMA:   As leis acerca dos servos, dos homicidas, dos que amaldiçoam e dos que ferem

Nestes próximos 2 capítulos Deus propõe alguns estatutos a serem observados pelo povo de Israel.

A lei acerca dos servos estabelecia o ano do jubileu, ou seja, a libertação no sétimo ano. Porém, o servo teria a opção de escolher a permanência com o seu senhor, se assim preferisse.


Podemos ver com estas leis a preocupação de Deus com os direitos de cada um, procurando estabelecer acordos que promovam a paz e o bem-estar de toda a nação.

Em seguida Deus trata com o caso dos homicidas e além dos outros casos, Ele é bem enfático quanto à pena de morte para quem ferir ou amaldiçoar  pai e mãe.

A bondade e misericórdia de Deus não anulam a Sua justiça. Deus sempre enfatizou a reverência e o respeito à autoridade paterna e materna.

O verso 24 descreve o famoso: “olho por olho, dente por dente” determinando que a paga do castigo pelo dano seria na mesma proporção.

Porém, no Novo Testamento Jesus se reporta a esta lei e acrescenta o perdão e o amor pelos nossos inimigos, ainda que isso não sirva para dar margem ao infrator para matar, roubar e ferir sem sofrer as conseqüências dos seus atos. Na verdade, nós agora podemos confiar na justiça divina sem precisar impor a vingança com nossas próprias mãos.

Nestas leis vemos princípios básicos de relacionamentos interpessoais, tanto com estranhos (servos), como com familiares (pais, cônjuges e filhos) e nos negócios, naquela época representado pelas ocorrências com os bois.


Percebemos que quando o senhor se casa com uma serva, ele não pode negar nenhum dos direitos normais dados a qualquer esposa. As leis de Deus deveriam ser observadas e aplicadas pelos juízes que Ele levantou para julgar no meio do povo.


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22o.  Dia = 16/10/05 : Êxodo 22


TEMA:  As leis acerca da propriedade, da imoralidade e idolatria

As leis acerca das propriedades valiam para os casos em que se estava de posse do proprietário, emprestada, alugada ou guardada por outros.


Nestas instruções percebemos o conceito de responsabilidade e zelo que o Senhor queria incutir nos filhos de Israel.

A pena pela feitiçaria, incesto e idolatria era de morte, bem como para alguém que afligisse os estrangeiros, os órfãos e as viúvas.

Este juízo divino revela o quanto era abominável os pecados imorais, idólatras e demonstra seu cuidado e proteção especial para os mais carentes.

Por duas vezes o Senhor assegura que ouvirá o clamor dos aflitos e injustiçados e intercederá por eles julgando as suas causas “porque Ele é misericordioso.” (v.23 e 27)

Quanto mais nós, da Nova Aliança, podemos confiar na intervenção divina à nosso favor ao sermos afligidos porque temos a intercessão do Senhor Jesus quando oramos em Seu nome e a do Espírito Santo quando oramos em outras línguas.

No verso 28 é dito para não se amaldiçoar os juízes e nem maldizer os príncipes.


Igualmente, em nossos dias é exigido pela Palavra de Deus a nossa submissão e respeito pelas autoridades.

O capítulo termina com a suma de toda a lei: “E ser-me-eis homens santos.” (v.31)


Mais uma vez, também em nossos dias esta tônica ainda prevalece: “Sede santos, porque vosso Pai que estais no céu é santo.” A vantagem é que esta ordem já não é mais um jugo impraticável, mas uma promessa garantida pelo mover do Espírito Santo em nossas vidas que nos santifica a cada dia.


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23o.  Dia = 17/10/05 : Êxodo 23


TEMA:   O testemunho falso e a injustiça. O ano de descanso e o sábado. As três festas. A promessa de enviar um Anjo.

Com relação ao testemunho falso e a injustiça, Deus é bastante rigoroso e os alertas são bem desconsiderados nos dias atuais.


Recomendações válidas para a integridade de um caráter justo: não admitir falso testemunho, não seguir a opinião injusta mesmo quando esta for a maioria, não julgar com partidarismo, se afastar da falsidade e dos subornos “porque Deus não justifica o ímpio.”

O ano do descanso e o sábado visava proporcionar ao homem, servo ou trabalhador, ao campo e aos animais o descanso necessário, além de permitir aos pobres o benefício de comer dos seus campos.

Deus sabe da nossa estrutura, porém nós, muitas vezes, empolgados com nossas lucrativas atividades, descuidamos da nossa saúde e do nosso bem-estar físico, social e espiritual negligenciando a ordem e o exemplo divino de descansar.

Deus instituiu 3 festas para o povo celebrar em memória dos feitos do Senhor e em gratidão e alegria pelas bênção divinas.

O Senhor tem prazer em que vivamos em festa e celebração por nossas vitórias tanto no aspecto espiritual como material. Porém, um detalhe muito importante deve nos chamar a atenção quando comparecermos diante dele nestas celebrações: “Ninguém apareça vazio perante mim.”

O Senhor não só estabeleceu estas leis para benefício e ordem do seu povo, mas também prometeu um Anjo diante deles para guarda-los e leva-los pelo caminho até Canaã. Como resultado da obediência aos Seus mandamentos e fidelidade de culto a Deus, Ele garantiria a vitória sobre os inimigos, a benção da provisão, a saúde, a fertilidade e a vitalidade.


Da mesma forma, se vivermos dentro dos princípios da Palavra de Deus, em obediência e fidelidade, temos a presença do Espírito Santo habitando em nós para nos guiar e igualmente desfrutarmos do cumprimento destas mesmas promessas pelos direitos da Nova Aliança.


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24o.  Dia = 18/10/05 : Êxodo 24


TEMA:   Deus manda Moisés e os anciãos subir o monte

Diz a Bíblia que “a glória do Senhor habitava sobre o monte Sinai” (v.16) e era lá que Ele falava e se manifestava, até então, só a Moisés. Com o povo era só “de longe” (v.1,2 e 20:18; 19:12,21 e 23)


Que privilégio Moisés tinha sobre o povo! Da mesma forma, hoje só nós, os salvos, lavados e santificados pelo sangue de Jesus, temos o acesso livre à presença de Deus. Podemos “subir” ao monte da oração, ser envolvidos pela “nuvem” da Sua glória e adorar...

Neste capítulo o povo afirma mais 2 vezes que fará e obedecerá as palavras do Senhor. (v. 3 e 7)

Se estas 3 confissões do povo foram sinceras, podemos concluir que faltou perseverança no propósito, vigilância sobre as tentações e comunhão com Deus. Três observações válidas para nós também conseguirmos cumprir nosso propósito de obediência a Deus.

Depois que Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, ele se levantou de madrugada e edificou o 2o altar ao Senhor, desta vez para selar a aliança com Deus. (v. 4)

Percebemos a importância de ter nossas vidas no altar do Senhor, quer seja em louvor e gratidão, quer seja para sinal de obediência e consagração. O espargir do sangue tinha duplo significado: sobre o altar demonstrava o perdão de Deus ao aceitar a oferta e sobre o povo demonstrava a união deles com Deus.

O relato dos versos 10 a 18 registra a formosura da glória de Deus: “debaixo dos seus pés havia uma obra de pedra de safira como o parecer do céu na sua claridade” (v.10) e “o aspecto da glória do Senhor era como um fogo consumidor”(v. 17). E Moisés “entrou” no meio da nuvem, “subiu” no monte e “esteve” lá por 40 dias e 40 noites!


Que experiência maravilhosa teve Moisés e estes 70 anciãos! Minha oração é que eu possa também, dentro dos limites que o Senhor estipular, subir cada vez mais alto na presença de Deus e contemplar a sua formosura, em especial nestes 40 dias e 40 noites da minha “quarentena com o Senhor.”


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25o.  Dia = 19/10/05 : Êxodo 25


TEMA:   Deus manda o povo trazer ofertas para o tabernáculo
                                  O modelo da arca, do propiciatório e da mesa

Embora o Senhor mandou o povo trazer ofertas, ele salientou que não era obrigatório, mas aceitaria apenas daqueles “cujo coração se mover voluntariamente” (v.2)


A Palavra de Deus nos instrui a ofertar, porém não há valor nisso sem um coração voluntário, sem dar com alegria, sem dar algo que nos custe. O importante não é só saber que se deve ofertar, mas como ofertar.

O verso 8 dia: “E me farão um santuário e habitarei no meio deles.”

Isso poderia parecer muito bom para os filhos de Israel, mas muito melhor ainda é sermos nós mesmos um templo santo onde o Espírito de Deus habita dentro de nós!

Deus é muito detalhista e gosta que as coisas sejam feitas de acordo com o “modelo” que Ele mostrar, como declarou no verso 9 e repetiu no verso 40.

Tanto para a construção da Arca de Noé, como para o Tabernáculo de Moisés, de Davi, para o Templo de Salomão, enfim, mesmo para o templo vivo que somos nós, temos que seguir um padrão de acordo com as medidas e modelos que o Senhor dispões em sua Palavra e não relaxadamente.

Deus disse a Moisés que seria de cima do propiciatório que Ele viria a Moisés e falaria com ele. (v.22)


Nós também temos que ter um “lugar” onde marcamos um encontro com o Senhor, quer seja num monte, quer seja num tabernáculo, quer seja no nosso quarto, fechada a nossa porta. Que neste lugar o Senhor também diga: “E ali virei a ti e falarei contigo.”

Além do tabernáculo, Moisés também deveria fazer a arca da Aliança, a mesa com os pães da proposição e o candelabro.


Sabemos que todos os móveis e utensílios do tabernáculo têm seus significados, eram como sombras das coisas futuras. Simplificando, o Tabernáculo somos nós; a Arca da Aliança é a presença de Deus; os pães da proposição é Jesus e o candelabro é o Espírito Santo.


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26o.  Dia = 20/10/05 : Êxodo 26


TEMA:   As cortinas, as tábuas e o véu do tabernáculo

Os detalhes que o Senhor passou ao instruir a confecção das cortinas revela a sua sabedoria e perfeição com as cores, medidas, tecidos, estilos, etc.


Se uma obra tão caprichada e minuciosa foi capaz de ter sido feita em um deserto, nas condições precárias da época, quanto mais podemos nós hoje oferecer ao Senhor uma decoração suntuosa para o nosso Deus!

As exigências com as tábuas também não são poucas: quantidade, tamanho, espécie, detalhes das posições, instruções até difíceis de se imaginar.

Novamente o Senhor repete no v. 30 que tudo deveria ser feito “conforme o modelo que foi mostrado no monte”. Fico pensando como que o Senhor mostrou este modelo para Moisés. Será que foi como uma planta? Será que foi como uma foto? Uma visão?

Por fim, Deus determinou a confecção de véu, “este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo”(v.33)

Glória a Deus!!! É este véu que foi rasgado de alto a baixo com a morte de Jesus. Isso significa que temos livre acesso a presença de Deus pelo novo e vivo caminho que é Jesus. Podemos penetrar além do véu!

                                                                                               

Nestes 3 capítulos em que o Senhor dá as instruções de como deveria ser feito o tabernáculo, ocorrem aproximadamente 56 vezes o verbo fazer no imperativo “Farás”.


Ainda que num deserto, Deus não deixou o seu povo ocioso, mas lhes incumbiu uma importante tarefa, para a qual, a semelhança de como faz conosco, Ele instruí detalhadamente com suas ordens, capacita sobrenaturalmente com a sua unção e provê poderosamente os recursos para que seja possível a realização dos seus propósitos. Cabe a nós somente a obediência e a disposição. A glória também é toda dele!
  

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27o.  Dia = 21/10/05 : Êxodo 27


TEMA:  O altar dos holocaustos, o pátio do tabernáculo e o azeite

Diante das especificações dos materiais a serem usados, podemos notar que tudo no Santo dos santos deveria ser de ouro, no Santo Lugar já apareciam algumas peças de prata também e no pátio tudo era de bronze.


Verificamos com esta graduação de valores que quanto mais “perto” de Deus, mais especial são os “materiais”. Isto estava simbolizando a necessidade de oferecer a Deus sempre o melhor, de mais valor e mais puro.

Também percebemos que cada lugar simboliza um estágio na comunhão com Deus. O Tabernáculo era dividido em pátio (ou átrio), lugar santo e santíssimo lugar.

Em qual desses níveis da presença de Deus eu me encontro? Permaneço apenas no átrio? Avancei para o Santo Lugar? Ou ultrapassei o véu e estou em adoração no Santo dos santos? É aí que eu quero estar!

Duas coisas até agora receberam a incumbência de continuidade: “E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente” (25:30) e o candelabro “para fazer arder as lâmpadas continuamente”(v.20).

A simbologia dos pães representa tanto a provisão de Deus para o seu povo (12 tribos = 12 pães), como também o alimento contínuo do Pão da Vida que é Jesus. Da mesma forma as lâmpadas representam a luz divina, o Espírito Santo ardendo continuamente em nossos corações.

                                                                                                                    Em mais este capítulo o Senhor reforça a observação de que tudo deva ser feito como o modelo mostrado no monte. (v.8)


Isto tem me chamado à atenção, porque, de certa forma, eu mesma não entendo muitas destas instruções e gostaria de poder ver exatamente como era esse modelo, ou como ao final ficou pronto o Tabernáculo. Creio que cada detalhe tem seu significado e um motivo especial para ser feito de acordo com “o modelo”. Talvez este seja um outro estudo que necessite de maior aprofundamento.


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28o.  Dia = 22/10/05 : Êxodo 28


TEMA:    Deus escolhe Arão e seus filhos para sacerdotes
                As vestes sacerdotais, Urim e Tumim, a lâmina de ouro

Só neste capítulo, Deus repete por 4 vezes o propósito da escolha de Arão, o 1o sacerdote: “para me administrarem o ofício sacerdotal.”(v.1, 3, 4, 41)


O propósito do nosso chamado deve ficar bem claro dentro de nós para não haver exaltação pessoal (Eu fui escolhido!), nem vaidade pessoal (Tenho as vestes especiais!). Nosso propósito é apenas administrar o ofício sacerdotal!

Vimos nos 3 capítulos anteriores o Senhor dando ordens a Moisés dizendo por mais de 50 vezes “Farás”, neste capítulo aparecem outras ações importantes deste líder: 1.) Farás chegar Arão (v.1); 2.) farás as suas vestes (v.2); 3.) falarás aos sábios que façam...(v.3); 4.) vestirás; 5.) ungirás; 6.) consagrarás; 7.) santificarás (v.41).

Esta seqüência de ações ministeriais foram repetidas em nossas vidas pelo nosso líder, o Senhor Jesus. Ele nos fez achegar a Deus; nos deu novas vestes de justiça; tem falado a enchido com Seu Espírito os sábios de coração; nos revestiu de santidade; nos ungiu com seu Santo Espírito; nos consagrou para o ministério e nos santificou “para que me administrem o sacerdócio.”

No verso 3 o Senhor declara que Ele tinha enchido os sábios de coração com sabedoria. Na verdade, foi Deus quem capacitou os construtores, os costureiros, os marceneiros, os bordadores, os lapidadores e todas os obreiros com suas especialidades.

Assim é também em nossos dias. Quando Deus nos chama para a realização de um projeto, Ele não só dá as devidas orientações, mas, principalmente, Ele mesmo nos capacita enchendo-nos com a sabedoria de que necessitamos.

                                                                                                                   O Senhor ordenou que se gravasse em uma lâmina de ouro puro as palavras: “Santidade ao Senhor” e fosse colocado na testa de Arão (v.36). Os nomes dos 12 filhos de Israel deveriam também ser gravados no peitoral (v.29) e nas ombreiras (v.12)


Este lema também deve estar gravado em nossa mente: Santidade ao Senhor! Neste mesmo versículo o Senhor emprega novamente o período “continuamente”, ou seja, santidade sempre! Jesus, nosso Sumo Sacerdote também carrega nossos nomes sobre seus ombros e sobre o seu coração!


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29o.  Dia = 23/10/05 : Êxodo 29


TEMA:  O sacrifício e as cerimônias de consagração

 

O sacrifício e a cerimônia servia para santificar Arão e seus filhos “para que me administrem o sacerdócio” (v.1 e 44, mais 2 vezes!).


Estes sacrifícios e esta cerimônia de consagração constituíam-se de muitos rituais que, na verdade, tipificavam o sacrifício de Cristo como o Cordeiro de Deus em nosso favor para nossa possível consagração ao sacerdócio real.

O sangue do carneiro deveria ser colocado sobre a ponta da orelha direita, sobre o dedo polegar da mão direita e do pé direito de Arão e seus filhos. (v.20)

Este ritual significava que o sacerdote deveria ouvir apenas a Palavra de Deus, cumprir corretamente as obrigações de um sacerdote e andar no caminho da justiça, o que se aplica perfeitamente para nós hoje.

Neste capítulo o Senhor também estipula os outros tipos de sacrifícios e ofertas, como a oferta da manhã e da tarde. (v.38,39)

Assim também nosso dia deve iniciar com sacrifícios de louvor e terminar com oferta de louvor no altar de Deus “continuamente”.

                                                                                                                     O capítulo termina com as ricas promessas do Senhor: “E habitarei no meio dos filhos de Israel e lhes serei por Deus e saberão que eu sou o Senhor, seu Deus...” (v.45,46)


Mais do que habitar em nosso meio, hoje o Espírito Santo de Deus habita em nós, sendo nós o seu tabernáculo vivo, onde Ele nos “encontra para falar conosco e com a sua glória nos santifica.” (v.42)

Interessante: 
O verso 9 usa a palavra “sagrarás” a Arão, o significado dela conforme o dicionário é: Dedicar ao serviço de Deus, investir-se numa dignidade, eclesiástica ou secular; conferir um título, uma honra, abençoar.

Diferente de consagrar: Fazer sagrado, dedicar, oferecer a Deus ou aos santos.

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30o.  Dia = 24/10/05 : Êxodo 30


TEMA:  O altar do incenso, o resgate da alma, a pia de cobre, o azeite da unção e o incenso puro

 

O Senhor ordenou a Moisés que se fizesse um altar para queimar incenso todos os dias, pela manhã e à tarde. (v.7,8)


Este ritual diário também representa a nossa vida de oração, contínua, de preferência pela manhã e no fim do dia. Simboliza também Jesus Cristo, nosso intercessor.

Foi estipulado um valor a ser pago uma vez por ano para o resgate de cada um, como uma oferta de expiação igual para todos. Este dinheiro seria usado para os serviços do tabernáculo. (v.12 a 16)

Graças a Deus que o valor pelo resgate das nossas almas já foi pago de uma vez por todas pelo sacrifício de Jesus na cruz, uma oferta igual para todos.

Também foi ordenado a Moisés fazer uma pia para que nela Arão e seus filhos lavassem suas mãos e pés “para que não morressem”. (v.17 a 21)

Nós também temos a Água da Vida que é Jesus o qual nos lavou de toda impureza. E temos a água da Palavra de Deus que diariamente nos purifica.

                                                                                                                   Os ingredientes caros e raros com que eram preparados o azeite da santa unção e o incenso santo simbolizam a qualidade e o valor do que se deve ser oferecido e usado na obra do Senhor.


Para Deus sempre tem que ser o melhor, não só pelo valor material mas, principalmente, pelo valor espiritual. Não é a toa que todas as coisas pertencentes ao tabernáculo foram feitas com esmero e excelência.

Tanto o azeite como o incenso eram para uso exclusivo do sacerdócio, eram santos, consagrados e, portanto, não poderiam ser usados de maneira profana para uso pessoal. A pena deste transgressor era ser extirpado do meio do povo. (v.33 e 38)


Não é honesto usar as coisas que o Senhor santificou e separou para o uso exclusivo da sua glória de maneira profana e para prazer e benefício próprio.


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31o.  Dia = 25/10/05 : Êxodo 31


TEMA:  Os artífices da obra do tabernáculo. O sábado santo e as duas tábuas do Testemunho

 

No verso 2 vemos mais um “chamado”: “Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel...”


É interessante o destaque deste chamado “pelo nome”! Na verdade pode não ser um chamado tão especial quanto do líder Moisés, ou do sumo-sacerdote Arão, mas também Bezalel foi “chamado” por Deus e pelo “nome”.

Na seqüência o Senhor diz: “e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria e de entendimento e de ciência em todo artifício, para inventar invenções...” (v.3,4). E não só a Bezalel, mas também “eu tenho posto com ele a Aoliabe... e tenho dado sabedoria... para que façam tudo o que eu tenho ordenado” (v.6,11). Aqui e no capítulo 28 temos as primeiras referências ao enchimento do Espírito.

Outra passagem que comprova a eficiência de Deus no chamado, mostrando que Ele não só chama, mas orienta e capacita. Aqui se repete as palavras “sabedoria”, “entendimento” e “ciências” abrangendo todas as necessidades possíveis deste homem na realização da sua tarefa. E um detalhe: Deus acrescentou mais um ao seu lado, ou seja, Deus sempre provê companhia e ajuda nos nossos ministérios para sabermos trabalhar em grupo e fazer não de qualquer jeito ou do nosso jeito, mas “conforme o Senhor tem ordenado.

Novamente o Senhor repete a observância do sábado neste capítulo. Aliás, é notório que este é um dos mandamentos mais repetidos no livro todo. Aqui é dito como que “um sinal entre mim e vós” (v.13), por “concerto perpétuo”( v.16) e “um sinal para sempre”(v.17).

De fato, não dá para se negar que o Senhor dá extrema importância ao descanso no sábado que Ele santificou. Mesmo em meio a uma grande obra, o povo não poderia deixar de descansar e celebrar o sábado.

                                                                                                                 Por fim, Deus deu a Moisés as tábuas de pedra do Testemunho “escritas pelo dedo de Deus” (v.18)



Uma simples comparação aqui: Deus gosta de escrever e eu também!


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32o.  Dia = 26/10/05 : Êxodo 32


TEMA:  O bezerro de ouro. Moisés quebra as tábuas da Lei. Moisés manda matar os idólatras e intercede pelo povo.

 

Que capítulo triste! Diante da demora de Moisés no monte o povo se apressa a fazer um deus para ir adiante deles e adora-lo.


Este é o grande perigo quando perdemos a paciência em esperar em Deus. Ainda quando Ele se mantém em silêncio precisamos ter sempre a certeza de que Ele não pára de trabalhar e, portanto, nunca podemos deixar de confiar.

Eles trouxeram do seu ouro a Arão e este fundiu um bezerro para o qual atribuíram a divindade e o livramento do Egito. E ainda assim, programaram uma festa ao “Senhor”!!! (v.5)

Que absurdo!! Nem as coisas mais preciosas que temos podem receber a glória que só é devida ao Senhor! E ainda que a intenção do bezerro era a representação de Deus, eles estavam transgredindo o 1o dos 10 mandamentos e jamais podemos adorar a Deus de maneira profana e idólatra.

Que povo! O Senhor se referiu a ele como “eis que é povo obstinado”(v.9). Para Arão “este povo é inclinado para o mal” (v.22) e para Moisés “este povo pecou grande pecado” (v.31).

Como será que estou sendo avaliada pelo Senhor e pelos outros? Com dura cerviz? Com tendência para o mal? Em pecado? Ou será que tenho sido sensível e flexível à vontade de Deus, resistindo ao mal e praticando o bem?

                                                                                                                    Apesar de tudo isso, este era o povo de Deus, mesmo ainda quando Deus disse a Moisés: “o teu povo que fizeste subir do Egito se tem corrompido” (v.7). Em contrapartida, Moisés disse: “o teu povo, que tu tiraste da terra do Egito” (v.11).


Assim é quando não andamos em conformidade com a Palavra de Deus, não podemos ser identificados como povo de Deus.

Por outro lado, que relacionamento Deus tinha com Moisés a ponto de pedir “deixa-me consumi-los e farei de ti uma grande nação” (v.10)?

De fato, Deus tinha em Moisés um parceiro em potencial. O povo que era de Deus, era também de Moisés. A vara que era de Moisés era também de Deus.

 Moisés também tinha uma intimidade tão profunda com o Senhor a ponto de interceder em favor do povo e provocar um “arrependimento” e uma abrandada na ira de Deus (v.11 a 14)

Que exemplo de intercessão! Será que eu rejeitaria uma proposta a meu favor em detrimento do povo que Deus colocou sob minha responsabilidade?

                                                                                                                     Moisés é ainda um exemplo de líder em outros aspectos, porque além de interceder e ser aceito diante de Deus, ele também, por sua vez, se irrita com o pecado revelando intolerância pelo mal (v.19). Como homem de Deus, ele “destrói” o mal e ainda faz o povo engolir o pó do que era antes um ídolo. Moisés chama a atenção de Arão, responsável pelo povo em sua ausência para prestar contas. E por fim, leva o povo ao arrependimento, confissão e consagração, pronunciando a espada para os rebeldes e a bênção para os levitas.


Hoje em dia está em falta um líder com este perfil de intercessor em prol dos liderados, mas também de repressor diante do pecado, provocando mudança de atitude e santificação para o povo de Deus.

Esta passagem relata uma série de fatos negativos em decorrência da transgressão do povo, conseqüências que atingem todo aquele que não vigia e peca contra o Senhor.

O pecado desvia o nosso foco do Senhor e nos leva a adulterar na fé.
O pecado contagia a maioria e algumas vezes até os líderes cristãos.
O pecado provoca a ira de Deus e a indignação dos mais consagrados.
O pecado nos faz perder a comunhão com Deus e compromete nossa conduta
O pecado provoca perdas irreparáveis e, algumas vezes, até a morte.
O pecado sega o entendimento e anula o bom-senso.

                                                                                                                     Moisés chega a oferecer a própria vida pelo povo, porém Deus declarou: “Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro.”(v.33)


A justiça de Deus não anula a sua misericórdia e sua graça. Ele não consumiu de todo o povo, mas feriu de alguma forma como punição ao pecado. E quando se referiu novamente ao povo, já não disse nem “meu”povo e nem “teu” povo, mas “este” povo (v.34)


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33o.  Dia = 27/10/05 : Êxodo 33


TEMA:   Deus não irá no meio do povo, mas enviará um anjo. Moisés roga a Deus a sua presença e que lhe mostre a sua glória

 

O pecado de Israel aborreceu de tal maneira o Senhor que Ele se decidiu retirar-se do meio do povo e mandar um Anjo. No início Israel era para Deus “o meu povo”, depois jogou para Moisés “o teu povo”,  passou a se referir a “este povo” e  agora apenas “o povo”. (v.1) . Só neste capítulo Ele novamente chama o povo de obstinado por mais duas vezes (v.3,5)


O pecado faz separação entre Deus e o pecador. Quanto mais nos santificamos, mais perto de Deus ficamos, porém quanto mais desobedecemos mais distante dele nos tornamos.

Por outro lado, Moisés ganhava cada vez mais intimidade com o Senhor. O verso 11 é a famosa e invejável citação do nível de comunhão entre Deus e Moisés: “E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com seu amigo...”

Que privilégio de Moisés! Concordo que hoje temos o livre acesso a presença de Deus e que Jesus mesmo disse “não mais vos chamo de servos, mas de amigos”, no entanto, ver o Senhor “face a face”foi exclusividade de Moisés.

Esta intimidade de Moisés com o Senhor lhe dá o direito de reivindicar a presença de Deus e não aceitar outro. Ele usa a própria palavra do Senhor para se garantir: “tu disseste: Conheço-te por teu nome e também achaste graça aos meus olhos”. (v. 12) O Senhor, mais uma vez se rende ao apelo de Moisés e faz o que ele lhe pediu (v.17)

O Novo Testamento ensina esta ousadia para entrar na presença de Deus, crendo que Ele é galardoador dos que o buscam. Também aprendemos que a oração eficaz é aquela que usa a própria Palavra de Deus para reivindicar suas promessas. “Muito pode por sua eficácia a oração do justo”.

                                                                                                                    O Senhor respondeu: “Irá a minha presença contigo” (v.14). Mas Moisés corrigiu: Se a tua presença não for conosco não nos faça subir daqui.” (v.15) . Ainda no verso 13, Moisés lembra o Senhor: “atenta que esta nação é o teu povo.”

  
Que líder! Que intercessor! Que pastor! Que altruísmo!  Já no capítulo anterior ele recusou que Deus iniciasse a partir dele uma grande nação, aqui também ele não se contentou da presença de Deus ir com ele, ele exigiu que Deus estivesse com ele e com o povo. Uma atitude raríssima no meio evangélico hoje tão egoísta, tão individualista, tão exclusivista. Esta é a verdadeira noção de Corpo de Cristo nos tempos da Igreja.

Complementando, o Senhor disse que iria com Moisés para o fazer “descansar” (v.14).

O sentido desta palavra é aliviar, aquietar, acalmar, confortar, tranqüilizar... É exatamente isto que a presença de Deus nos proporciona. Podemos estar no deserto, mas com Ele estamos confortáveis! Podemos estar numa tempestade, mas com Ele estamos tranqüilos. Podemos estar na maior das provações, crises ou adversidades, com Cristo podemos ficar descansar quietos e calmos aguardando a solução.

Segundo Moisés, o sinal, a prova de que “achamos graça diante dos olhos do Senhor” é quando Ele anda conosco. (v.16)

Quando o Senhor anda conosco estamos dando uma prova de que, verdadeiramente, somos seus filhos, separados para a sua glória mediante o seu favor imerecido estendido a nós.

Moisés, a esta altura, estava tão ansioso para estar com Deus, andar com Deus que queria até ver a Deus, e abusando da sua ousadia fez este pedido ao Senhor (v.18). O Senhor ainda, pacientemente, “arranjou um jeito” de satisfazer mais este desejo de Moises e passar a sua glória por ele sem que visse a sua face, mas só pelas costas encobrindo Moisés com Suas mãos!

Isso é demais!!! Que eu busque com toda esta sede e ousadia a presença de Deus cada vez mais próxima, mais íntima, mais profunda. Que eu almeje mais do que tudo andar com Deus, achar graça aos seus olhos e contemplar a sua glória, bondade e misericórdia.

O Senhor disse: “Eis aqui um lugar junto a mim.” (v.21)

Senhor, mostra-me este lugar, leva-me a este lugar, manifesta-te a mim junto a ti neste lugar!


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34o.  Dia = 28/10/05 : Êxodo 34


TEMA:    As novas tábuas dos dez mandamentos.
                                  Deus faz um pacto.

 

Depois de quebradas as primeiras tábuas, Deus ordena a Moisés lavrar outras duas tábuas e novamente subir ao monte para que Ele escrevesse nelas. Interessante que Deus diz: “Prepara-te para amanhã.” (v.2)


Já ouvimos antes que Deus sempre dá uma segunda chance! Embora muitas vezes não com a mesma perfeição da primeira vez, pois as primeiras tábuas foram lavradas pelo próprio Deus, estas segundas foram lavradas por Moisés. Novamente, Moisés teve que se preparar. Quantas vezes buscamos a presença de Deus sem preparo, “subimos no monte” sem atentar que o Senhor ainda nos adverte e espera por santidade em sua presença.

Mais uma vez o Senhor instruiu que só Moisés poderia se achegar ao monte e ordenou “pões-te diante de mim no monte”. Assim que o Senhor desceu na nuvem “ele se pôs ali junto a ele.” (v.2,5)

Há um hino que diz: “Neste dia feliz, neste santo lugar, eu marquei um encontro com Deus...” Na verdade, Moisés tinha estes encontros marcados com o Senhor e, de fato, não só ficava diante do Senhor como junto dele.

Moisés começa seu diálogo com Deus enaltecendo a sua misericórdia e piedade, justamente os atributos que seriam manifestos em resposta ao seu pedido de perdão pelo povo : “perdoa nossa iniqüidade e o nosso pecado.”(v.6-9)

Interessante como Moisés se coloca no lugar do povo, como um autêntico intercessor. Ele diz nosso pecado e nossa iniqüidade, quanto na realidade seria o pecado deles e a iniqüidade deles. Como Jesus, ele também tomou sobre si as iniqüidades do povo.

                                                                                                                                                      Na renovação do pacto, percebemos que o Senhor faz isto por Moisés, porque Ele ainda se refere ao povo como “teu povo”, “este povo” e povo em cujo meio “tu” andas (v. 10). Repete também alguns de seus preceito, exortando novamente a não se prostituírem com outros deuses, a guardar o sábado e as festas, além de outros estatutos, seguidos das promessas de livramento, prosperidade e paz (v.24).



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35o.  Dia = 28/10/05 : Êxodo 35


TEMA:    O rosto de Moisés resplandece. (capítulo 34)
                                  As ofertas para o tabernáculo.

 

Quando Moisés desce do monte, depois de mais 40 dias e 40 noites, sem comer e sem beber e escrevendo nas tábuas. Ele não sabia, mas seu rosto resplandecia, e ele usava um véu sobre seu rosto quando falava com o povo. (v.29 e 33)


Hoje estou a menos de uma semana para terminar meus 40 dias e 40 noites sem comer e sem beber durante as manhãs e escrevendo neste estudo as coisas que o Senhor tem me revelado. Posso não perceber e nem saber, mas quero acreditar que algo está se renovando, algo está acontecendo entre eu e o Senhor. Quero crer que estou sendo transformada e resplandecendo a sua glória como um espelho. Paulo faz referência deste véu que cobria o rosto resplandecente de Moises quando reafirma que não somos como Moisés, que punha um véu sobre sua face, para que os filhos de Israel não olhassem para o fim daquilo que era transitório... Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” (II Cor. 3:13-18). Que esta promessa se cumpra como uma realidade na minha vida.

Assim como ordenou no capítulo 25, novamente o Senhor pede para o povo trazer as ofertas para a obra do tabernáculo. O povo deu até demais e com “coração voluntariamente disposto”, “a quem o coração moveu” e “o espírito voluntariamente impeliu” (v.5,21,22,29).

É neste espírito que devemos contribuir para a obra de Deus, voluntariamente e com corações dispostos.

O povo demonstrou disposição para dar e também para trabalhar, assim como as “mulheres cujo coração as moveu em sabedoria” para fiarem os panos e os pêlos das cabras (v.26) e como Bezalel e Aoliabe, para “fazerem toda obra de mestre” (v.35)

O tabernáculo pode ser concluído porque havia esta disposição em oferecer recursos (matéria-prima) e trabalho (mão de obra). Da mesma maneira é que funciona hoje a obra do Corpo de Cristo, cada membro disposto a contribuir e servir.

                                                                                                                                                      

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 36o.  Dia = 30/10/05 : Êxodo 36


TEMA:    A capacitação dos obreiros. (Capítulo 35/36)
                                  As cortinas e os véus.

Só até aqui, apareceram 10 vezes expressões semelhantes a “sábios de coração” quando se relata o procedimento de Deus encher os corações com sabedoria “para saberem como haviam de fazer toda a obra para o serviço do santuário, conforme tudo o que o Senhor tinha ordenado.” (v.1)


Engraçado que o Senhor enchia os corações de sabedoria, diferente do que imaginamos ser a mente o lugar da inteligência. Esta é a grande diferença dos que são capacitados pelo Senhor. Ele enche os corações, os homens enchem a cabeça.

No capítulo 35 ainda, vemos uma citação muito importante: “Também lhe tem disposto o coração para ensinar a outros.” (v.34)

Lembrei de Paulo novamente instruindo a Timóteo para que “o que de mim ouviste, confia-o a homens fiéis que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (II Tim. 2:2). Deus não quer exclusividade de sabedoria, o intuito é sempre ensinar os outros e multiplicar o ensino e/ou as habilidades.

Quando Moisés entregou as ofertas para os obreiros, notaram que era muito mais do que bastava. Moisés teve que proibir o povo de trazer mais! (v.5-7)

Será que um dia veremos este “milagre” na igreja do povo de Deus?  Se eu não vir na igreja, que eu veja na minha vida, como exemplo.

                                                                                                                                                    

Interessante: A tríplice utilidade do azeite (35:28) comparada ao ministério do Espírito
Ø     Para Luz – ilumina, esclarece, aquece
Ø     Para Unção – capacita, consagra, cura
Ø     Para Perfume – se espalha, é agradável, é sentido

Interessante: A simbologia dos móveis e dos utensílios do tabernáculo
·        A Arca do Testemunho = Presença de Deus e Símbolo da Aliança
·        A bacia de bronze = Purificação pela lavagem da água por meio de Cristo
·        O altar do holocausto = Vida de sacrifício e oferta pelo exemplo de Cristo
·        O candeeiro de ouro = Luz divina e fogo do Espírito
·        A mesa dos pães da proposição = Alimento espiritual, provisão divina e comunhão
·        O altar do incenso = Oração contínua e bom testemunho
·        O propiciatório = Trono de Deus e propiciação pelo sacrifício de Cristo


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37o, 38o e 39o Dia = 31/10/05 e 01 e 02/11/05 : Êxodo 37, 38 e 39


TEMA:    A arca, a mesa, o castiçal, o altar do holocausto, o pátio.
                                  A enumeração das coisas do tabernáculo.

Estes três capítulos, mais o 36, repetem os móveis e os utensílios do tabernáculo, bem como toda a tenda da congregação e as vestes santas. A diferença é que nos capítulos 25 a 30 o Senhor ordenava “FARÁS” e do 36 ao 39 o povo “FEZ”. Estes verbos se repetem mais de 70 vezes!


Foi muito interessante a maneira detalhada como Deus ordenava Moisés “fazer”, porém, muito mais maravilhoso foi saber que o povo “fez”. Assim é a nossa vida com Deus hoje, sabemos tudo quanto Ele nos ordena “fazer”, mas mais importante do que saber é, de fato,  fazer!

Outra expressão que se repete por mais de 10 vezes, só nestes 3 capítulos é: “como o Senhor ordenara a Moisés”.

Ou seja, é importante saber o que fazer, é mais importante fazer, mas é fundamental fazer “conforme tudo quanto o Senhor ordenou.” Não basta saber e fazer, mas devemos fazer do modo e da vontade de Deus e não do nosso modo e da nossa vontade. Diz a Palavra: “Aí daquele que faz a obra do Senhor relaxadamente.”

Enfim, a toda a obra foi concluída “conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés” e Moisés “viu” e “os abençoou”. (v.43)

O povo não parou a obra pela metade, mas concluiu tudo quanto o Senhor havia ordenado. Como resultado foram abençoados por Deus que tudo vê!

                                                                                                                                                   

Como são as coisas: o mesmo povo que ofereceu todo o ouro para fundir o ídolo de bezerro foi o mesmo que ofertou todos os materiais utilizados na construção do tabernáculo em muito mais quantidade e valor. As mesmas mãos que operaram para o mal foram usadas e capacitadas, pela misericórdia de Deus, para edificarem o bem.

Hoje, nós é que somos o tabernáculo vivo do Deus Santo, o qual também deve ser construído e mantido “conforme tudo quanto o Senhor ordenou” e com a doação de nós mesmos operando a nossa edificação com todos os significados destes símbolos em ação.


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40o.  Dia = 03/11/05 : Êxodo 40


TEMA:    Deus manda Moisés levantar o tabernáculo.
                                  O tabernáculo é levantado e coberto pela nuvem.

Novamente os primeiros 16 versículos enumeram uma lista de várias ordens de Deus a Moisés e os outros 16 seguintes registram a execução destas ordens por Moisés “conforme a tudo o que o Senhor ordenou”.


Ø     Levantarás o tabernáculo = depois de tudo preparado é hora de levantar;
Ø     Porás/meterás = Levantado o tabernáculo, era necessário mobiliá-lo;
Ø     Porás em ordem = Não apenas por as coisas dentro, mas arrumar cada uma no seu devido lugar para atender todas as devidas finalidades;
Ø     Acenderás = Levantado, mobiliado, arrumado, agora é fazer funcionar;
Ø     Porás água = Assim como o candelabro sem luz, a bacia sem água também não teria utilidade, bem como a mesa sem os pães;
Ø     Ungirás = Tudo passou a ser consagrado e marcado para Deus;
Ø     Santificarás = Ou seja, separado e dedicado para ser santo, sagrado;
Ø     Lavarás = Referindo-se ao sumo-sacerdote e seus filhos, antes da unção é necessário a lavagem para a purificação;
Ø     Vestirás = As vestes santas identificavam o ofício sacerdotal;

Quando a palavra de Deus repete várias vezes uma mesma coisa é porque ela tem muita importância. É o caso da frase: “Como o Senhor ordenara a Moisés” que, só neste capítulo se repete por 8 vezes!

É obvio a importância dada a esta questão, pois demonstra justamente obediência e conformidade com a vontade de Deus! Para que? “Para administrar o sacerdote” mais uma frase repetida inúmeras vezes.

Este capítulo me lembrou do capítulo 37 de Ezequiel. O ossos secos, também foram levantados, cobertos por nervos, carne e pele, mas ainda não tinham vida. O tabernáculo também, levantado, mobiliado, organizado recebeu vida quando a nuvem cobriu a tenda da congregação e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. (v.34)

Nossa vida também pode estar de pé, com todos os “apetrechos” de um verdadeiro cristão, porém, se não houver a glória de Deus e não recebermos a vida pelo sopro do seu Espírito Santo, seremos apenas uma tenda

                                                                                                                                                      

Interessante:

A comparação da influência da glória de Deus em nossa vida:
Quando a nuvem se levantava o povo caminhava, quando a nuvem não se levantava o povo permanecia parado
Assim devemos ser levados e dirigidos pelo mover da presença de Deus nas nossas vidas

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REVELAÇÕES GERAIS DO LIVRO DE ÊXODO



1.      INTRODUÇÃO: Relação do motivo com a mensagem de Provisão
¨    Vamos meditar sobre um povo que passou uma situação semelhante a nossa de desemprego, crise e mudança de vida.
¨    II Coríntios 1:3 a 7 = Identificação nas aflições com todo povo de Deus serve para podermos consolar da mesma forma que fomos consolados.

2.      COMPARAÇÕES
· Gênesis 41:56 e 42:1 e 2 = Toda a terra passou por uma crise de fome, inclusive Jacó, homem de Deus, homem que tinha promessa de prosperidade, homem rico! 
¨    Isto prova que o povo de Deus, as famílias cristãs, o homem e a mulher que confiam nas promessas do Senhor, também sofrem crises.

· Gênesis 50:20, 21 = O Senhor faz com que muitos males se transformem em bênção e provê nosso sustento e consolo no momento certo.
¨    Mas a bênção eterna é só no céu, logo aparece outra crise de novo...

· Êxodo 1:6, 7 = instalados no Egito, os filhos de Israel prosperaram, mas...
¨    Lá não era a terra deles, por isso o “dono da terra”, Faraó, afligiu este povo e o escravizou. Assim como aqui não é nossa pátria, nosso tesouro está no céu!

· Êxodo 1:13,14 = Crise novamente, dureza, amargura, servidão...
¨    Uma situação dessa para quem conhece a Deus não é motivo para murmurar, mas para clamar por socorro ao Deus de toda a Terra.

· Êxodo 2:23 a 25 = O povo clamou e o seu Deus ouviu e socorreu. Estamos aqui para clamar junto uns pelos outros e recebermos o socorro divino.
¨    Êxodo 12:35, 36 = O Senhor não permitiu que o povo saísse de mãos vazias, mas ainda receberam as riquezas dos próprios inimigos.

· Libertos da escravidão do Egito, agora o povo de Deus estava livre, mas no deserto, salvo, mas desempregados.
¨    Êxodo 15:24a26 = 1a necessidade básica: Sede. Faltava água. O povo murmurou, Moisés clamou e Deus saciou!

· Passou a sede, chegou a fome, 2a necessidade suprida da mesma maneira que a primeira.
¨    Êxodo 6:4 = É possível ainda chover pão do céu, cair carne do céu? “Tudo é possível ao que crê!”

3.      POR QUE PASSAMOS POR ESTAS AFLIÇÕES?
·  Muito antes de onde começamos nossa história, da fome de Jacó, Deus já havia prometido para o avô de Jacó, Abraão, que a sua descendência herdaria uma terra que mana leite e mel, mas o povo sofreu pra chegar lá e sofre até hoje, porém não deixa de ser o povo mais rico e inteligente do mundo!
· Nós também, muito antes de passarmos estas crises, nosso Pai Celestial prometeu a Canaã Celestial para nós, um paraíso eterno com ruas de ouro, mas é necessário sofrer para chegar lá. Jesus disse: no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci!

4.      O IMPORTANTE É QUE DEUS ESTÁ NO CONTROLE DE TUDO!  Deuteronômio 8!
¨    O propósito de Deus é nossa obediência em experiências com Ele;
¨    É para conhece-Lo melhor e conhecer a nós mesmos;
¨    É para aprender a dar o devido valor as coisas;
¨    É para aprender a ser grato e fiel;
¨    É para nos dar o FIM que desejamos: Um Final Feliz!
¨    É para atribuirmos toda provisão somente a Deus!



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EM AÇÃO DE GRAÇAS PELO LIVRAMENTO


INTRODUÇÃO:
¨    Provavelmente o livramento que Deus deu ao povo de Israel tenha sido o maior de toda a história do povo de Deus.

ESCLARECIMENTOS
·  Entendemos por livramento, neste contexto, o mover de Deus em salvar alguém que estava preso ou em perigo e mal.

COMPARAÇÕES = O PORQUÊ DAS AFLIÇÕES  (Salmo 34:19 e 6,7)
· Israel estava escravo no Egito, porém foi Deus quem os levou para lá e os abençoou e os multiplicou ali, o que revoltou Faraó, rei do Egito e o levou a agravar a opressão sobre eles.
· Nós também somos afligidos neste no mundo, mundo que Deus nos colocou e nos abençoou, o que também irrita o Príncipe deste século, que é Satanás, e o faz querer nos atacar.

· Tudo, porém, está nos planos de Deus. Ele não tinha se esquecido de Israel e das promessas. Ele não tinha se descuidado e Satanás aproveitado para atacar. Estava no plano.
· Quando passamos por provações como a família de Israel, como esta família passou, a minha e, quem sabe a sua, está passando, precisamos confiar que tudo isto tem propósito e que Deus não só está vendo, mas controlando e irá agir no tempo e no modo dEle!

· Se Israel não incomodasse Faraó, ele não os afligiria. Se ele não afligisse, eles não cresceriam tanto (êxodo 1: 12). Se eles não fossem afligidos eles não clamariam a Deus (2:23). Se eles não clamassem a Deus, Deus não os ouviria (3:7). Se isto tudo não acontecesse, não desencadearia a maior história de livramento que eles já haviam visto (3:8).

· Se nossas famílias não incomodassem a Satanás, ele não nos atacaria. Se ele não nos atacasse, nós não cresceríamos tanto na vida espiritual. Se nós não fossemos afligidos não clamaríamos a Deus. Se nós não clamássemos a Deus, Deus não nos ouviria (3:7). Se isto tudo não acontecesse, não desencadearia nossas experiências de livramento em aventura e emoções fortíssimas com Deus. Nem estaríamos agora aqui neste culto de ação de graças, e o que Deus quer é isso: reconhecimento da Sua grandeza e agradecimento pelos seus muitos benefícios em nosso favor.  Esta era a razão pela qual Deus queria libertar Israel (5:1 e 3)


AS ESTRATÉGIAS DE SATANÁS NÃO MUDAM


1) Tirar a vida!
· Faraó ordenou as parteiras que matassem todos os filhos que nascessem dos hebreus. Elas, porém, temeram ao Senhor e pouparam as crianças.
· Satanás também tem ainda este mesmo plano suicida de acabar com nossas famílias. Ainda que ele intentou contra a vida da Aninha, Deus se interveio e frustrou mais uma vez a cilada do inimigo. Ele usa parteiras, enfermeiras e até os seus anjos da guarda! Acreditem!
· Quando Deus tem um plano na nossa vida, nada nem ninguém pode interromper ou impedir que ele se cumpra. Novamente: Deus está no controle de tudo!!! Moisés até foi parar no meio do rio, mas Deus fez com que este “mal” cooperasse para um bem. Este já foi uma amostra do livramento que Deus ainda estava por realizar.
· Já ouviram que “Deus não nos livra da cova, mas nos livra na cova, na fornalha, na tempestade, no hospital, etc.”
   
2) Ocupar demais!
· Não conseguindo matar, então Faraó ordenou agora que aumentasse ainda mais o trabalho do povo para que eles não se “distraiam” com as coisas de Deus. (5:9)
· E o que ele tem feito com muitos filhos de Deus hoje, trabalho, atividades, compromissos! Tudo que substitua ou desvirtue o principal propósito da nossa vida: alcançar a promessa por meio do livramento!

3) Impedir mudança!
· Faraó queria agora que o povo sacrificasse no Egito! (8:25). Como se alguns dos animais eram considerados como deuses do Egito?
· Para servir a Deus da maneira correta temos que sair do domínio de Satanás. É onde e como Deus quer e não na comodidade que Satanás propõe.  Deus quer adoração no deserto e não no palácio!

4) Não ir longe demais!
· Faraó “deixou” o povo ir, mas advertiu para não irem muito longe (8:28).
· Uma vez que já estamos com Deus, Satanás tenta impedir nossa intimidade com Ele, nosso aprofundamento na vida cristã. Ao contrário do que ele espera temos que ir muito longe, mergulhar de cabeça, se entregar totalmente, chegue bem perto, ultrapassar o véu!

5.) Dividir a família!
· Faraó ordenou agora que saíssem só os homens (10:10, 11)
· Satanás tem seu foco na família, mais uma vez ele intentou separa-la, um vai e outro fica. Não! Moisés não aceitou, como Josué, temos que profetizar: “eu e minha casa serviremos ao Senhor.”

6.) Reter os bens!
· Agora Faraó permite que todos saiam, mas deixem os seus bens, o seu gado, na verdade, deixem as ofertas e os sacrifícios! (10:24)
· Moisés respondeu, “nenhuma unha ficará”. Satanás não tem direito sobre aquilo que o Senhor nos abençoou e com o que ofereceremos a Deus. Ele quer roubar o que temos para impedir de oferecermos ao Senhor. Também não!

O TEMPO E O MODO DE DEUS

· Não sabemos quanto tempo levou esta negociação de Moisés com Faraó, mas sabemos que não deve ter sido pouco tempo para poderem acontecer todas aquelas 10 pragas!!!
· Portanto, algumas noites podem parecer intermináveis, algumas crises podem parecer não ter fim, mas Deus está no controle de tudo. Ele precisava desse tempo para executar suas maravilhas e trabalhar nos corações.

· O modo de Deus então! Esta história parecia uma novela! Quando se pensava: agora vai dar certo, Faraó vai deixar, o povo vai sair... vinha mais um capítulo de suspense, aventura e ação de Deus. Até mesmo depois da morte dos primogênitos, os hebreus já de caminho. O que Deus faz? Permite mais uma perseguição de Faraó (14:8), mais uma apreensão para o povo (10); mais um livramento de Deus (13,14); mais uma experiência para Moisés e o povo (15 e 22)); mais um testemunho do poder de Deus (18); mais um resultado positivo para o povo (31) e mais louvor e glórias a Deus (15:2 e 20).
· Este é o ciclo do trabalhar de Deus na nossa vida até alcançarmos o nosso descanso na nossa Terra Prometida, quando, finalmente chegaremos ao Final Feliz da nossa história! Até lá, ainda teremos muitas aflições neste mundo, em todas deveremos clamar ao nosso único Socorro, de todas seremos libertos, adquirindo novas experiências com Deus, sempre dando testemunho dos Seus feitos para a Sua glória, sempre obtendo bons resultados no nosso crescimento e amadurecimento espiritual e nunca esquecendo de agradecer e louvar a Deus pela vitória!

· O povo de Israel atrasou a sua promessa pela dureza e rebelião dos seus corações. Poderiam depois deste livramento chegar em Canaã em 40 dias, mas levaram 40 anos!
· Nossa Canaã celestial pode estar chegando dentro de 4 minutos, 4 horas, dias, meses, anos, não sabemos. Mas saibamos que podemos atrasar nossa bênção pela nossa desobediência em não aceitar o tempo e o modo de Deus!


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OS “PARA QUE” DO LIVRO DE ÊXODO



INTRODUÇÃO:
¨    Geralmente a pergunta que mais fazemos quando passamos momentos difíceis na nossa vida é “Por que?” ou “Para que?” Cremos que Deus tem um propósito em todas as coisas e muitas destas coisas que nos acontecem acabam passando por nossa vida sem mesmo descobrirmos o “por quê” e para que elas nos sobrevieram.
¨    Tomando novamente a experiência do povo de Israel no livro de Êxodo como exemplo, iremos encontrar algumas destas respostas genéricas e que perfeitamente se encaixam nas nossas circunstâncias vividas diariamente.

1. PARA QUE OS FILHOS DE ISRAEL FORAM PARAR NO EGITO?
· Para frutificarem, aumentarem, multiplicarem e fortalecerem-se (1:7) ao sobreviverem à fome e a crise que toda a terra sofreu no tempo de José, que, a propósito, foi parar no Egito para que pudesse prover o sustento de sua família, do povo de Deus e de toda a terra.
Ø  Aos olhos humanos e na perspectiva enganosa que satanás sugere, poderíamos concluir que os filhos de Israel foram parar no Egito para que se tornassem escravos de Faraó em terra estranha!
¨    Podemos, muitas vezes, não entender esses “para que”, mas em obediência precisamos deixar os planos de Deus se cumprir nas nossas vidas sem resistência, ainda que tenhamos que sair da nossa posição cômoda para uma arriscada. O Egito, o leito do rio, o palácio, Midiã, o Mar Vermelho, o monte e até o deserto fazem parte da trajetória até a Terra Prometida.

2. PARA QUE MOISÉS FOI PARAR NO LEITO DO RIO CONDENADO A MORTE POR FARAÓ?
· Para que ele pudesse chegar até a filha de Faraó e experimentar o primeiro de uma série de livramentos que o Senhor tinha para a vida dele.
Ø  Mas alguém poderia perguntar: “Deus não poderia impedir a ordem de Faraó? Deus não poderia permitir a sobrevivência de Moisés com sua mãe? Deus não poderia evitar esta tragédia?”
¨    O que seria o fim para o pequeno menino Moisés sob as correntezas do rio, foi o começo de uma longa jornada ministerial da qual fazem parte integrante a perseguição e as aflições, bem como os livramentos e as bênção de vitória.

3. PARA QUE MOISÉS FOI CHAMADO POR DEUS NO MONTE HOREBE?
· “Para que tires o meu povo do Egito” (3:10)
Ø  Moisés de imediato recusou cumprir esta sua missão se auto-desqualificando para a tarefa: “Quem sou eu? (3:11) O que direi? (3:13) Não sei falar (4:10) Envia outro! (4:13) “
¨    Mal sabia Moisés que ele seria apenas um instrumento nas mãos de Deus, porque, na verdade, quem tirou o povo do Egito foi Deus, Moisés nunca poderia fazer isso sozinho, porém Deus preza pela parceria com os seus escolhidos, ainda que não divida a Sua glória com ninguém. O que importava não era quem era Moisés, mas quem era Deus, o Grande EU SOU. O que Moisés deveria falar era somente aquilo que Deus mesmo colocaria em sua boca. O fato de ele não saber falar não era problema para Aquele que fez a boca (4:11). A sugestão de enviar outro no seu lugar ascendeu a ira do Senhor, mas ainda assim Deus não o descartou do seu plano!

4. PARA QUE DEUS ENDURECEU O CORAÇÃO DE FARAÓ?
· “Para que não deixe ir o povo” (4:21)
Ø  Mas não seria mais conveniente Deus quebrantar o coração de Faraó para que este deixasse o povo ir? Aí vem mais “por quês”! Por que Deus dificultou a saída do povo? Por que Ele não acabou com Faraó logo de cara?
¨    Deus tem todo poder para realizar os seus planos na nossa vida num piscar de olhos, porém quem precisa de tempo para ser trabalhados somos nós! Ninguém dá um carro zero km para seu filho de 1 ano! Assim também nós, como o povo de Israel e até mesmo Faraó, não estavam preparados para viver de um dia para o outro o cumprimento das promessas de Deus.
¨    E outra, Deus precisaria desta oportunidade para revelar quem Ele era por meio das maravilhas que operou pelo Seu poder. Faraó também precisava saber “que só o Senhor é Deus” passando por cada uma daquelas 10 humilhações. E principalmente, o povo precisaria contemplar e conhecer o Deus que eles serviam, aprender a depender dEle e O adorar.




Marina M. Kumruian











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